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Associação Amigos do Palacinho homenageia pioneiros da Comunicação no Tocantins
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Publicado: 5 de agosto de 2024 – Última Alteração: 5 de agosto de 2024
Cerimônia foi marcada por emoção e discursos saudosistas
A Associação Amigos do Palacinho realizou, nesta segunda-feira, 5, uma cerimônia de homenagem aos primeiros repórteres fotográficos e cinematográficos que desempenharam um papel fundamental na cobertura da criação e construção do estado do Tocantins. O evento, que teve como palco o Museu Histórico Palacinho, teve momentos marcados por emoção e celebrou a trajetória dos profissionais que, com suas lentes, registraram cenas históricas do Estado mais jovem do Brasil.
Foram homenageados os fotógrafos Márcio Di Pietro e Luciano Ribeiro, além dos falecidos Edson Lopes, Elson Caldas e Osmar de Ávila, que receberam tributo in memoriam. No segmento de cinegrafistas, foram destacados Frederick Borges, Washington Luiz e Sidney Madalena. A homenagem também foi um tributo à memória de José Wilson Siqueira Campos, considerado o criador do Tocantins e seu primeiro governador, que completaria 96 anos no dia 1º de agosto.
O evento reuniu pioneiros, jornalistas e familiares dos homenageados, que se emocionaram ao lembrar das contribuições de seus entes queridos para a história do Estado. Entre os presentes, estavam Alessandra Bacelar, presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Tocantins (Sindjor), os jornalistas veteranos Marly Santos e Ruy Bucar, além de Marilúcia Uchôa, viúva do ex-governador Siqueira Campos; do filho dele, Eduardo Siqueira Campos e da nora, Polyanna.
Washington Luiz, repórter fotográfico, falou em nome dos homenageados. “Receber essa homenagem é muito importante para nós. É uma homenagem em vida, diferente da maioria das pessoas, que recebem homenagens após a morte. Aqui formamos nossas famílias, tivemos nossos filhos e entregamos nossas vidas. Estamos todos emocionados em lembrar tantas histórias, vendo tantos rostos conhecidos, a emoção é muito grande”, ressaltou Washington.
Ruy Bucar lembrou datas e conversas iniciais do início dos trabalhos de Jornalismo no Estado que estava sendo criado, em 1988. Ele parabenizou o conselheiro José Wagner Praxedes pela iniciativa. “Sabemos do seu carinho e zelo por essa história e é uma satisfação enorme participar desse momento, dessa homenagem a esses profissionais. Aqui, no dia 24 de fevereiro de 1989, Siqueira Campos sobrevoou essa região e escolheu como local para a construção de Palmas. Ele nos deu esse presente e nós temos essa obrigação de continuar a sua construção”, frisou o jornalista.
“Devo minha vida profissional a todos vocês que estão aqui”, disse a jornalista Marly Santos, pioneira na instalação do Tocantins e de Palmas. Passei dias e noites trabalhando com esses senhores homenageados, indo de um lugar para outro em uma Veraneio. Mas um fato especial eu tenho na memória nesse momento. Estávamos aqui, os meninos fotografando os girassóis que começaram a florir, nesse campo em frente ao Palacinho, e o governador Siqueira Campos sentou aqui na porta e, de repente, levantou assustado, até meio pálido e disse que tinha acabado de ver essa cidade construída, pronta, cheia de prédio. Foi um momento emocionante”, lembrou Marly.
Filho de Edson Lopes, um dos homenageados, Tharson Lopes, atualmente responsável pelo arquivo fotográfico da Secretaria Estadual da Comunicação, representou o secretário Márcio Rocha e falou da preservação da história. “A importância do trabalho, tanto do meu pai, quanto desses profissionais. Eles merecem um local aqui em Palmas, esse sonho de ter o Museu da Imagem e Som do Tocantins, porque não é fácil preservar esses materiais, fotos, filmes e fitas de vídeos. E o museu é uma forma de enriquecermos esse resgate de história”, ressaltou.
A criação do Museu da Imagem e Som do Tocantins foi uma reivindicação comum entre os homenageados. Falaram sobre isso, além de Tharson, Whashington, Rui e Marly.
José Wagner Praxedes, conselheiro e idealizador da Associação Amigos do Palacinho, explanou sobre a importância da homenagem e ressaltou o papel crucial dos profissionais de comunicação na construção da memória e da identidade do Tocantins. “Esta é uma forma de reconhecer e valorizar o trabalho daqueles que, por meio de suas imagens, ajudaram a contar a história do nosso Estado”, afirmou Praxedes. Ele assegurou que o Museu da Imagem e Som do Tocantins terá o apoio da Associação e falou, também, à jornalista Aurielly Paikon, que representou o secretário de Estado da Cultura, José Sebastião Pinheiro, que a solicitação fosse reportada a eles e, juntos, trabalhassem nessa demanda.
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