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Austrália se junta a outros seis países e proíbe TikTok em dispositivos do governo


Procurador-geral Mark Dreyfus disse que a decisão segue o conselho das agências de inteligência do país e será implementada ‘assim que possível’

Bo Amstrup / Ritzau Scanpix / AFP
Decisão australiana segue o conselho das agências de inteligência do país e será implementado ‘assim que possível’

A Austrália se juntou nesta terça-feira, 4, a outros seis países e uma instituição – Estados Unidos, Canadá, Nova Zelândia, Reino Unido, França, Holanda e a Comissão Europeia – e anunciou que vai proibir o aplicativo TikTok, que pertence ao grupo chinês ByteDance, nos dispositivos do governo por questões de segurança, no caso mais recente de um país a adotar a medida. O procurador-geral Mark Dreyfus disse que a decisão segue o conselho das agências de inteligência do país e será implementada “assim que possível”. Dreyfus explicou que o governo deve aprovar algumas exceções “caso a caso”, mas com a adoção de medidas para atenuar os riscos de segurança. O gabinete do procurador-geral australiano afirmou que o TikTok implica “riscos significativos de segurança e privacidade” devido à “coleta extensiva de dados dos usuários”. Especialistas em segurança cibernética alertam que o aplicativo, com mais de um bilhão de usuários, pode ser utilizado para coletar dados que depois são compartilhados com as autoridades chinesas. Os chineses criticaram a decisão. “Pedimos à parte australiana que respeite sinceramente as normas da economia de mercado e os princípios da concorrência leal, além de proporcionar às empresas chinesas um ambiente comercial justo, transparente e não discriminatório”, declarou à imprensa Mao Ning, porta-voz do ministério das Relações Exteriores.

O TikTok afirma que os vetos são “baseados na xenofobia”, mas reconheceu em dezembro do ano passado que havia coletado dados de usuários para espionar jornalistas. As pesquisas indicam que quase sete milhões de australianos utilizam o app, o que representa 25% da população. O porta-voz da empresa na Austrália, Lee Hunter, disse que a empresa “nunca” forneceu dados ao governo da China. “Ninguém trabalha mais duro do que nós para garantir que isto nunca seja uma possibilidade”, afirmou ao Channel Seven. Essa é a segunda medida australiana em 2023 contra itens chineses. No início do ano, o governo australiano anunciou que não utilizaria mais centenas de câmeras de segurança fabricadas na China nos escritórios de políticos devido a preocupações de segurança. Os temores são baseados em uma lei chinesa de 2017 que obriga as empresas locais a entregar às autoridades, após um pedido, dados pessoais relacionados a questões de segurança nacional.





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Tribuna do Tocantins

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