A Educação de Jovens e Adultos (EJA) tem se mostrado uma oportunidade transformadora para pessoas que, por diferentes motivos, não tiveram acesso à escola na idade adequada. Entre os atendidos nesta modalidade de ensino, estão muitos idosos que encontram nas salas de aula não apenas a chance de aprender a ler, escrever ou concluir etapas da educação básica, mas também um espaço de convivência e socialização.
Além dos conteúdos escolares, a EJA proporciona momentos de troca de experiências de vida, fortalecendo vínculos e combatendo a solidão, realidade comum na terceira idade. Maria Salomé Ferreira Sales que é aluna da EJA na Escola Municipal Jorge Amado, localizada na região Sul da capital, conta que deixou de estudar para trabalhar na roça e depois que se casou continuou na lida para cuidar dos filhos. Agora divorciada e com os filhos criados, decidiu estudar. “Eu estava muito sozinha e com depressão, por isso decidi entrar na escola. Aqui, além de estudarmos, também fazemos amigos, conversamos, sorrimos um do outro. É muito bom estar junto com outras pessoas”, conta a aluna de 69 anos.
Francisco Lourenço Lima dos Santos, 73 anos, viu na EJA uma oportunidade de ampliar seus conhecimentos e também de fazer novos amigos. “O que me motivou a voltar para a escola foi crescer por meio de novos aprendizados. Gosto muito de vir para cá, encontrar os colegas, os professores, conversar com todos eles na hora do intervalo, onde sentamos para fazer as refeições e colocamos o papo em dia”, diz sorridente.
Maria de Nazaré Soares da Silva, 74 anos, procurou a escola para aprender a ler e a escrever. “Graças a Deus que tem essa escola perto da minha casa. Queria muito aprender a ler e também escrever e agora estou aqui”, revela a aluna.
Para muitos educadores que atuam na EJA, a presença dos idosos nas turmas enriquece o ambiente escolar. “Eles trazem saberes importantes e se tornam inspiração para os mais jovens. Ao mesmo tempo, se sentem valorizados por continuarem aprendendo”, observa a diretora Léia Rezende Peris.
Léia Rezende destaca que as atividades para a EJA são adaptadas pensadas num formato mais inclusivo. “A EJA possibilita não apenas a conquista de novos conhecimentos, mas também a elevação da autoestima. Muitos idosos relatam que estudar os ajuda a se manter ativos, melhorar a memória e até mesmo a enfrentar desafios cotidianos com mais autonomia”, cita.
Unidades educacionais
Além da Escola Municipal Jorge Amado, a Prefeitura de Palmas, por meio da Secretaria Municipal da Educação, oferta essa modalidade de ensino em outras quatro escolas, são elas: Escola Municipal Beatriz Rodrigues, na Arno 42, (405 Norte), Escola Municipal Antônio Carlos Jobim, na Arse 122 (1206 Sul), Escola Municipal Aurélio Buarque, no Jardim Aureny I, e na Escola Municipal Maria Júlia Amorim, no Jardim Aureny III.
Todas essas unidades estão com vagas disponíveis. As aulas ocorrem no período noturno, das 19 às 22 horas, de segunda a quinta-feira. Além do conteúdo pedagógico, os alunos contam ainda com um jantar, que é servido antes da aula, às 18h45.
Texto: Milena Botelho
Edição: Iara Cruz
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