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Episódio “O Simples da liberdade” aborda a importância do emprego para o recomeço depois da cadeia


Uma viagem a passeio para Curitiba, uma proposta de ganhar dinheiro fácil e uma prisão em flagrante por tráfico de drogas no meio do percurso. Esse é um resumo da história da quarta e última personagem da temporada Justiça – a chance do recomeço, da websérie Justiça seja feita. O episódio vai ao ar no Youtube do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO), nesta terça-feira (26/3).

A única mulher desta temporada também não quis se identificar por conta do preconceito. Ela foi presa em Paraíso do Tocantins e cumpriu mais de dois anos na Cadeia Feminina, em Palmas, onde participou de projetos para remissão da pena e conseguiu terminar os estudos. Na época da gravação, estava em regime semiaberto, com uso de tornozeleira eletrônica.

“A partir do momento que a gente entra naquele lugar, que a gente fica privado da nossa liberdade é descansar o coração. E seja o que for o que vai dar, é esperar a justiça do homem.”

Ao sair da cadeia, conseguiu emprego em uma semana. Trabalhou em um restaurante e, por meio do Escritório Social, conseguiu uma vaga na empresa que presta serviço de limpeza urbana para Prefeitura de Palmas. Entre tantos sonhos, o de reencontrar a família e fazer cursos. “A família e quem a gente ama sofrem. Eu quero crescer, quero só andar certo.”

O episódio denominado “O simples da liberdade” conta ainda com a entrevista do coordenador do Escritório Social de Palmas, Leandro Bezerra de Sousa. “A responsabilidade da justiça não é só prender, ela também é reintegrar, reeducar. A pessoa que está apenada, ela vai voltar para a sociedade. O bom é que ela volte com possibilidades de não cometer crimes novamente”.

Escritórios Sociais

Lançado em 2016 pelo Conselho Nacional de Justiça, os Escritórios Sociais se consolidam como estratégia central no âmbito do Poder Judiciário para o fomento a uma Política de Atenção às Pessoas Egressas do Sistema Prisional.

É um serviço público de adesão voluntária e não vinculado à pena que atende pessoas egressas do sistema prisional e seus familiares. Serviço compartilhado entre o Judiciário e o Executivo.

Em Palmas, é uma parceria entre o TJTO, CNJ, Secretaria da Cidadania e Justiça do Tocantins, Conselho da Comunidade da Comarca de Palmas e Pastoral Carcerária. Foi construído com recursos de penas pecuniárias foi inaugurado no dia 2 de setembro de 2020.

Episódios da 2ª Temporada

O primeiro episódio – Educação que liberta! –, que traz a história de Raimundo Nonato, 62 anos. Condenado por tráfico de drogas, ele conseguiu cursar a faculdade de Geografia (licenciatura) na UFT, em Porto Nacional, aos 54 anos, após autorização, na época, do juiz Allan Martins Ferreira. Para assistir às aulas, o detento era acompanhado por um técnico em Defesa Social.

Livre da Dependência é baseado na vida do Pedro Barbosa de Sousa Júnior. Viciado em crack, cometeu diversos crimes e foi condenado a mais de 22 anos de prisão por furto e roubo. Enquanto cumpria pena em regime fechado, recebeu o benefício de ser internado na Fazenda da Esperança, onde ficou por alguns anos. O segundo episódio traz também a entrevista do juiz Océlio Nobre, que ressalta sobre a importância de um olhar humano em todo o Sistema de Justiça para que aqueles que cometeram um crime possam refazer a vida.

Em Fé na mudança, o terceiro episódio, o personagem não quis se identificar, por medo do preconceito. Ele praticou diversos crimes, mas o que o levou à cadeia foi uma tentativa de homicídio. Fora da prisão, hoje ele é casado, trabalha com pesquisa e desenvolvimento de soja e é presbítero da igreja. Na época da gravação, a mulher dele estava grávida. O episódio conta ainda uma entrevista com a juíza Umbelina Costa, da Comarca de Porto Nacional. Ela fala da importância da família no processo de ressocialização.

Justiça seja feita

O programa “Justiça seja feita” tem a coordenação da diretora de Comunicação do TJTO, jornalista Kézia Reis, produção da jornalista Elisangela Farias, com o apoio de toda a equipe do Centro de Comunicação Social (Cecom) e da produtora licitada, Lampion Agência Digital. A cada temporada o produto de comunicação busca apresentar por meio da técnica de storytelling, narração de histórias, o trabalho da Justiça nas diferentes áreas de atuação, sob a perspectiva do seu principal cliente, o cidadão e a cidadã tocantinenses.

A primeira temporada abordou a temática da adoção. Confira aqui os episódios.

 

 



FONTE

Tribuna do Tocantins

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