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Ex-candidato a vereador em São Paulo está foragido da polícia


Adilson Adriano Amadeu violou regras da prisão domiciliar; a reportagem procurou a defesa do advogado, mas não houve retorno

Jovem Pan News
Adilson foi preso inicialmente em 2020, mas logo na sequência foi colocado em prisão domiciliar, após contrair Covid-19 e sua defesa dizer que ele sofria de cardiopatia grave

O ex-candidato a vereador por São Paulo nas últimas eleições municipais Adilson Adriano Amadeu está foragido da polícia após descumprir diversas vezes ordens judiciais enquanto cumpria pena em prisão domiciliar. O advogado é alvo de pelo menos 18 inquéritos policiais, sendo acusado de ter sete números de CPF e dois de RG. Em uma das investigações, a acusação é de aplicar um golpe em um casal de idosos na aquisição de um imóvel em 2020. O advogado das vítimas, Rafael Barbosa da Silva, explica: “Esses documentos eram notas promissórias e contrato. Nesse contrato, dizia que meus clientes teriam vendido esse imóvel que eu me referi, que fica ao lado do Shopping Eldorado, por R$ 3 milhões, mas o imóvel foi avaliado em R$ 12 milhões. Ai teria o restante dos documentos falsos, que seriam as notas promissórias. Inclusive, o instituto de criminalística analisou essas falsificações. Ou seja, quase 50 assinaturas falsas, tudo isso comprovado e juntado aos autos”.

Adilson foi preso inicialmente em 2020, mas logo na sequência foi colocado em prisão domiciliar. Sua defesa alegou que ele contraiu Covid-19 e sofria de cardiopatia grave. O suspeito, por diversas vezes, se negou a cumprir a determinação judicial e, ao longo da investigação, foi descoberto, inclusive, que seu laudo médico era falsificado. Por conta disso, a Justiça devolveu Adilson para o regime semiaberto. Rafael Barbosa alega que Adilson teve seguidas reações agressivas quando foi interpelado pela Justiça. “O Adilson é uma pessoa sem limites. Ele desrespeita juiz, promotor, delegado, advogado, ameaça oficial de justiça, ele monta processos enganando a justiça e aproveitando a morosidade da justiça, com valores vultuosos. Com isso, consegue bloquear bens e quase conseguiu averbar a casa dos meus clientes, que são os verdadeiros proprietários e têm registro comprovado no registro de imóveis, portanto lhes pertence”, disse o advogado.

Um dos muitos documentos que teriam sido falsificados por Adilson Adriano Amadeu foi utilizado para lhe passar na prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Após as investigações, a OAB cancelou o registro de Adilson. O advogado é filho do vereador Adilson Amadeu, que não tem nenhuma relação com as acusações. A reportagem procurou os advogados do candidato a vereador, mas não houve retorno.

*Com informações do repórter João Vitor Rocha





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Tribuna do Tocantins

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