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Governo de SP vai remunerar lideranças indígenas em programa pela conservação da biodiversidade


Projeto Guardiões da Floresta vai pagar diárias de R$ 250, podendo chegar até R$ 2.500; inicialmente será aplicado em seis aldeias piloto, mas ideia é expandir para todo o território

TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDOPrograma é implementado na nova gestão, do governador Tarcísio de Freitas

O governo de São Paulo irá remunerar povos indígenas em áreas de preservação. A secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística Natália Resende explica as ações previstas no programa de pagamentos por serviços ambientais: “A gente está falando de monitoramento territorial, ambiental, da biodiversidade. A gente está falando de restauração das florestas. A gente está falando de algo que é muito importante, que é educação socioambiental e de qualificação intercultural, que a gente chama. É muito importante para a gente fazer um desenvolvimento sustentável, caminhando em conjunto. São povos que estão ali e cuidam das nossas florestas, que cuidam da nossa biodiversidade, e que a gente precisa caminhar junto com eles, sempre pensando na sustentabilidade econômico-financeira dessas ações”. O projeto Guardiões da Floresta vai pagar diárias de R$ 250, podendo chegar até R$ 2.500. O plano piloto começa em seis unidades de conservação, mas deve ser estendido para todo o Estado de São Paulo, incluindo as 36 terras indígenas existentes.

Thiago Henrique Karai Djekupe, da floresta do Jaraguá, que abriga 700 indígenas, reforça a necessidade de cuidado permanente com a natureza: “Quando o não-indígena chegou neste território, ele encontrou povos que têm sabedoria, costumes, sua própria língua, crença, seu modo de entender o mundo. E essas formas de entender o mundo não precisam entrar em conflito, mas dialogar e trocar. E é isso que nós queremos com essa parceria com o Estado”. Cristiano Auakiriridju, presidente estadual dos Povos Indígenas pela Secretaria da Justiça, explica que o projeto Guardiões da Floresta nasceu na aldeia Renascer, em Ubatuba. “Esse incentivo já deveria ter sido reconhecido há muito tempo pelo Estado, porque os territórios indígenas, na verdade, são os territórios que mais preservam a biodiversidade da nossa mata atlântica, mas tudo tem o seu tempo. E, nesta terça, chegou o tempo de reconhecer que o indígena é o guardião da floresta. E a gente pretende expandir esse projeto para vários territórios porque, até o momento, só vão ser contempladas seis aldeias piloto”, diz.

*Com informações do repórter Marcelo Mattos





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Tribuna do Tocantins

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