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Histórias de superação inspiram mais de 140 servidoras durante roda de conversa sobre saúde feminina no 2º Chá com Mulheres do TJTO


“Coleciono milagres, mas, se pudesse escolher, gostaria de não colecioná-los”, disse a paciente oncológica, Liliane Mamprim, ao abrir a 2ª edição do Chá com Mulheres, uma tarde de informação em alusão ao Outubro Rosa, promovida pelo Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO), por meio do Centro de Saúde (Cesau). A ação foi realizada no auditório da Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat), na tarde desta sexta-feira (24/10).

Hoje, aos 50 anos, Liliane Mamprim, que é psicóloga, celebra a vida ao rememorar que, aos 29 anos, logo após se casar, passou pelo primeiro diagnóstico de um câncer agressivo. “Em 2003, diagnostiquei o tumor; tinha 9 cm e estava entre o pulmão e o coração. Os médicos me deram seis meses de vida. Foram 12 sessões de quimioterapia, oito de radioterapia, e minha fé, educação e meu estilo de vida saudável me ajudaram na superação”, contou Liliane, destacando que, ao pensar que estava tudo bem, “passados dois anos, descobri um câncer de mama com metástase na mama esquerda. Outra luta, mas venci. Vai fazer cinco anos agora, em dezembro, que tive o câncer e tomo posse: estou curada”, finalizou.

Assim como a psicóloga convidada, que deu seu testemunho, a segunda convidada, a ginecologista, Thais Carreira, também compartilhou com as servidoras que o câncer não escolhe o alvo. Mesmo cumprindo todos os protocolos, sem beber ou fumar, mantendo uma alimentação saudável e o hábito da atividade física, aos 31 anos, em 2023, teve diagnóstico de câncer de mama. “Às vezes a gente até pensa: do que adiantou tudo isso?”, disse em tom descontraído, alertando que o câncer é multifatorial e que os protocolos apresentados são, de fato, medidas preventivas, enquanto a mamografia, por exemplo, é um exame de rastreamento que devemos ter consciência de fazer pelo menos uma vez ao ano, a partir dos 40 anos, ponderou.

A servidora do TJTO, Vilmara Bianchi, que enfrentou o câncer em 2020, descreveu o encontro como um momento de profunda emoção. “A gente que é paciente oncológica se identifica com cada história de vida. Amei!”

A médica ginecologista, Francielle Batista, falou sobre os principais tipos de câncer que acometem a mulher e sua relação com os hormônios, sendo eles: câncer de mama, câncer do colo do útero, câncer de ovário, câncer de endométrio, câncer de intestino (colorretal) e câncer de tireoide.

Para manter o controle hormonal, a especialista ressaltou os exercícios físicos como um dos principais reguladores hormonais, mas não descartou a reposição quando necessária, destacando que, a partir dos 35 anos, já é recomendável iniciar a reposição hormonal com progesterona. 

Para a servidora da Diretoria de Gestão de Pessoas (Digep), Marly Carvalho, o momento foi um divisor de águas. “Tinha muitos miomas, tirei meu útero há mais de sete anos e sinto muita irritabilidade, e nenhum médico tinha me alertado sobre a questão hormonal. Hoje, na roda de conversa, foi esclarecedor para mim. A Dra. Francielle trouxe o assunto com muita leveza. Saio daqui ciente do meu problema. Foi muito bom!”

A coordenadora do Cesau/TJTO, Elaine Ferreira, comemorou o sucesso do evento. “O chá está em sua segunda edição e tem se consolidado cada vez mais, mostrando histórias inspiradoras, mas, sobretudo, provando que a prevenção é sempre o melhor caminho para uma boa saúde.”

O Cesau é vinculado à Diretoria de Gestão de Pessoas e atua na promoção da saúde e prevenção de doenças, com estímulo à prática de hábitos saudáveis que preservem a própria saúde física e mental. Acompanharam a coordenadora Elaine, a diretora da Digep, Paula Maia; a enfermeira Thatyléia Leão; e a assistente social Ana Paula Prado Peixoto.

Dicas para uma vida saudável

Durante a iniciativa, as especialistas destacaram as seguintes dicas para manter o corpo feminino em ordem:
– Atividade física no máximo até 16 horas do dia por causa da liberação de cortisol (hormônio do estresse) aumentada durante a prática;
– Higiene do sono, evitar tela ao deitar (celular ou tv);
– Controle do peso, cintura deve ser abaixo de 85 cm;
– Não beber;
– Não fumar;
– Manter a rotina do autocuido;
– Fazer exames de rastreio;
– Espiritualidade, a fé ajuda na saúde emocional.



FONTE

Tribuna do Tocantins

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