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HUB de São Paulo traça perfil de pacientes após três meses de funcionamento


Iniciativa que visa tratar os usuários de drogas da Cracolândia atendeu 2.857 pacientes e conta com 200 profissionais

Marcelo S. Camargo / Governo do Estado de SP
HUB São paulo, localizado na regi]ão central de São Paulo

O Hub Cuidados em Crack e Outras Drogas do Governo de São Paulo, que fica na região central da capital, completa três meses nesta quinta-feira, 6, e já realizou 4941 atendimentos. Deste total, 2857 pacientes foram encaminhados para algum tipo de tratamento. Além disso, o Hub fez 1172 encaminhamentos de pacientes para tratamentos em hospitais especializados; e ainda houve 907 encaminhamentos para Comunidades Terapêuticas. Segundo os dados obtidas com exclusividade pelo site da Jovem Pan, oito em cada 10 pacientes que passaram pelo HUB já tinham tentado pelo menos uma vez um tratamento para transtornos aditivos. Entre os que já tinha feito algum tipo de tratamento, apenas 18,5% ficaram mais de um ano sem consumir droga. A Coordenadora Estadual de políticas sobre drogas do Estado de São Paulo, Eliana Borges Gonçalves Rodrigues da Silva, explica que a metodologia é inovadora e destina-se a dependentes químicos que estão em situação de rua: “Foi desenvolvido uma metodologia onde a gente trata, ao mesmo tempo, a questão da dependência química, as vulnerabilidades associadas à dependência química e também promove a saída delas da situação de rua”.

De acordo com esse mapeamento do perfil dos pacientes acolhidos, 36,7% não tinham nenhuma renda e mais da metade dos pacientes atendidos não completou o ensino fundamental. Outro dado que chama atenção é que três em cada 10 pacientes não tinham nem documento com foto e 59% tem pelo menos 1 filho menor de idade. O levantamento ainda mostra que entre os pacientes, 73,9% estão em situação de rua, sendo que 57% são da região central da capital e 43,8% frequentam a região das cenas abertas de uso. Quanto à dependência química, 74,1% consomem crack,  66,2% consomem cocaína, 50% são alcoolistas e 15,4% usam canabinóides sintéticos (K9, K2, K12 ou Spice). Sobre o gênero, 87,9% são homens. Mulheres atendidas no HUB respondem por 9,9%, e transexuais, por 2,2%. Por fim, o perfil etário mostra que 85% têm de 26 a 59 anos. Outros 11,4% têm entre 18 a 25 anos, e 2,8% possuem mais de 60 anos. Há ainda 0,7% entre 12 e 17 anos.

 





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Tribuna do Tocantins

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