Instituído para aproximar o Poder Judiciário da Interpol — uma organização policial internacional — e fortalecer as redes de cooperação institucional, o 1º Simpósio STJ-Interpol: A Interpol e a Criminalidade Contemporânea contou com a participação de três juízes do Tocantins.
Indicados pela Presidência do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO) após convite da Presidência do STJ (Superior Tribunal de Justiça), os juízes Márcio Ricardo Ferreira Machado, da comarca de Arraias, Fábio Costa Gonzaga, da comarca de Guaraí, e Mirian Alves Dourado, da comarca de Gurupi, representaram o TJ no evento, realizado nesta quinta-feira (12/6), na sede do STJ, em Brasília.
“O Judiciário do Tocantins, da mesma forma que os demais tribunais do Brasil, participou efetivamente do simpósio — que é inédito no país — em que foi feita uma apresentação para o Judiciário brasileiro da estrutura e da forma de atuação global da Interpol, uma organização internacional maior do que a ONU (Organização das Nações Unidas)”, explicou o juiz Márcio Ricardo Ferreira Machado.
O juiz destacou as falas do presidente do STJ, ministro Herman Benjamin; do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski; do delegado da Polícia Federal Valdecy de Urquiza e Silva Júnior, secretário-geral da Interpol; e de integrantes da sede francesa da Interpol: Mark Philipp Mülder (coordenador da Unidade de Redes Criminosas — CNET/OEC — da Interpol, Lyon, França), David Bruce Caunter (diretor da Unidade de Crime Organizado e Emergente — OEC — da Interpol, Lyon, França), entre outros palestrantes.
“São inúmeras as ferramentas que a Interpol tem em seu trabalho de cooperação entre as polícias de 196 países no mundo, no combate aos crimes transnacionais, como o crime organizado, tráfico de drogas, crimes ambientais, tráfico de pessoas, corrupção e crimes financeiros”, completou.
Conforme o juiz, o simpósio terá continuidade com a visita dos juízes brasileiros à sede da Interpol, em Lyon, na França, em outubro deste ano, e com uma segunda edição do simpósio em 2026.
No site do Superior Tribunal de Justiça, o ministro Herman Benjamin destacou que o simpósio abre “caminho para uma cooperação intensa com foco em inteligência, tecnologia e capacitação da magistratura” e que a parceria do Judiciário com a Interpol fortalece as redes de cooperação institucional voltadas às práticas mundialmente reconhecidas.
Segundo o STJ, o simpósio conta com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB).