Lago Prespa, um dos mais antigos da Europa, está perdendo volume e ameaça 2.000 espécies


Mudanças climáticas, consumo excessivo de água e poluição afetam o local; produtores próximos à região estão sendo prejudicados

ARMEND NIMANI / AFP
Visão geral do lago Prespa perto de Otesevo, no norte da Macedônia

O Lago Prespa, um dos mais antigos da Europa, está desaparecendo, isso porque mudanças climáticas, consumo excessivo de água e poluição tem feito com que ele perca seu volume. “As mudanças observadas nos níveis dos lagos estão relacionadas às mudanças climáticas”, diz Spase Shumka, professor da Universidade de Agronomia de Tirana, capital da Albânia. Por milhões de anos, esse lago foi um dos mais cristalinos e seu ecossistema abriga cerca de 2.000 espécies de peixes, aves e mamíferos, mas agora, suas águas estão cada vez mais baixas. “Antes havia muito mais neve, podia chegar a um metro ou um metro e meio. Nos últimos anos, porém, a queda de neve foi quase inexistente”, disse um guarda-florestal que passou mais de uma década guardando o lago no lado norte da Macedônia – o Prespa está localizado entre as fronteiras da Grécia, Albânia e Macedônia do Norte, e é cercado por montanhas e macieiras.

Outro problema que contribui para a diminuição do volume são as poluições causadas pelas descargas das atividades agrícolas, que levam ao aparecimento de algas e plantas que tem efeito devastador na região. Um projeto para recuperação do Lago Prespa está sendo elaborado. Foram construídas oito estações meteorológicas que coletam dados e informam os produtores que utilizam a água da região sobre qual o melhor momento para uso dos agrotóxicos – um relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) mostrou que cerca de 65 toneladas de agrotóxicos são usadas na região todos os anos e grande parte dos produtos chega ao lago na forma de descarga, o que prejudica  produtores próximos à região. Um estudo da Nasa mostrou que o lago perdeu 7% de sua superfície e metade de seu volume entre 1984 e 2020. “Ao reduzir o número de tratamentos [com pesticidas], temos um maior benefício econômico e melhoramos a proteção ambiental”, disse Frosina Gjorgjievska, uma produtora de maçãs de 56 anos que vive em Resen, Macedônia do Norte.

*Com informações da AFP





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Tribuna do Tocantins

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