Categories: Estado

Portal do Ministério Público do Estado do Tocantins


Irregularidades, falta de profissionais e risco à saúde dos pacientes são alguns dos problemas apontados pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO) nas Unidades de Terapia Intensiva do Hospital Regional de Araguaína (HRA). 

Diante dessa situação, a promotora de Justiça Bartira Silva Quinteiro, que atua na área da saúde, solicitou à Justiça uma intervenção imediata no local. Em sua petição, ela requer que o Estado do Tocantins assuma diretamente os serviços das UTIs, afastando a empresa Queiroz e Lima Plantonistas SCL/LTDA, que deixou de promover o funcionamento adequado das unidades.

O pedido foi embasado na falta de cumprimento do acordo firmado em uma audiência de conciliação realizada há mais de 40 dias, que previa a contratação de novos profissionais pela empresa terceirizada e o abastecimento da farmácia e medidas de fiscalização contínuas pelo Estado. No entanto, uma vistoria realizada após o prazo para as adequações revelou que a empresa não cumpriu com as exigências mínimas estabelecidas pela legislação e que antigas irregularidades ainda são recorrentes.

Falhas  identificadas

Na inspeção realizada em 25 de agosto, foram identificados problemas como a escassez de técnicos de enfermagem, a falta de qualificação técnica do médico diarista e algumas faltas de medicamentos e insumos essenciais.

A vistoria evidenciou ainda a insuficiência de equipamentos vitais, como balões de oxigênio, e problema apresentado no funcionamento do gasômetro ainda durante a vigência do acordo firmado.

Também foi relatada uma grave falha na assistência a uma paciente, bem como uma sobrecarga na equipe de enfermagem.

Pedido de intervenção urgente

Diante da constatação da persistência das irregularidades e da alta taxa de mortalidade nas UTIs do HRA, o MPTO reiterou à Justiça o pedido de concessão de tutela provisória de urgência, conforme requerido na Ação Civil Pública Coletiva apresentada em junho deste ano. 

Na ação, o MPTO enfatiza que o cumprimento dos requisitos mínimos é fundamental para garantir a segurança e a qualidade do atendimento prestado à pacientes críticos que necessitam de cuidados intensivos e ininterruptos.

(Texto: Daianne Fernandes – Ascom MPTO)





FONTE

Tribuna do Tocantins

Recent Posts

Nota de Pesar – Bento Jorge dos Reis, pai da servidora Rosilene Costa dos Reis

É com profunda tristeza que o Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO) manifesta pesar pelo…

3 horas ago

Estudantes de Novo Acordo têm até sexta-feira (17/10) para se inscrever no Prêmio EducaJus de Papo com a Justiça

Chegou a hora de botar a mão na massa. Após participarem de palestras, rodas de…

4 horas ago

Judiciário do Tocantins compartilha na Expojud 2025 experiências que unem tecnologia, inovação e comunicação humanizada

Do pioneirismo do eproc à Inteligência Artificial das serventias extrajudiciais e às ações que transformam…

5 horas ago

Evento abordará estratégias para a atenção à saúde mental de adolescentes no sistema socioeducativo

Na próxima quarta-feira (22/10), profissionais da Justiça, da Saúde, da Assistência Social, pesquisadores(as) e demais…

6 horas ago

Prefeitura de Palmas testa varredeira elétrica para modernizar limpeza urbana da Capital | Prefeitura Municipal de Palmas

Prefeitura de Palmas testa varredeira elétrica para modernizar limpeza urbana da Capital Gestão municipal busca…

6 horas ago

homem que matou mulher em festa é condenado a quase 12 anos de prisão no Tribunal do Júri

O Tribunal do Júri da Comarca de Miranorte condenou o trabalhador rural Agnaldo Bernardes Fernandes,…

7 horas ago