Categories: Estado

Portal do Ministério Público do Estado do Tocantins


O policial militar Sanyo Oliveira Silva, que causou a morte de um casal, em Araguaína, após dirigir bêbado e em alta velocidade, em janeiro de 2017, foi condenado nesta quinta-feira, 6, a 16 anos e 10 meses de prisão.

Os jurados acolheram todas as teses do Ministério Público do Tocantins (MPTO), que pediu a condenação do PM por homicídio (com dolo eventual) – quando o réu não tem a intenção de matar, mas assume o risco de causar a(s) morte(s). O Tribunal do Júri entendeu ainda que a pena de Sanyo deveria ser maior porque ele colocou em risco a vida de um maior número de pessoas (perigo comum – previsto no art. 121, § 2o, inciso III, do Código Penal).

Em 2017, o PM provocou as mortes do casal Lucas Alberto Rocha, 25, e Brenda Mariana, 23. O fato ocorreu no bairro Fátima, por volta das 20h. Após ingerir várias cervejas em um bar, Sanyo, acompanhado de um amigo, saiu “para dar umas voltas”, provocando a batida por estar “com capacidade psicomotora alterada em razão do álcool”.

Segundo a perícia, o PM conduzia o veículo a mais de 110 km/h, em via que a velocidade máxima permitida era de 30 km/h.

O réu foi condenado também por lesão corporal grave (causada em um amigo que o acompanhava), embriaguez ao volante e disparo de arma de fogo, já que após bater na moto em que o casal estava, Sanyo disparou tiros para o alto, com objetivo de afastar as pessoas que se aproximavam do local para registrar o fato, com celulares.

Os jurados concordaram também com o MPTO, que pediu a absolvição do réu por outros dois crimes: ameaça (segundo as investigações, Sanyo teria ameaçado testemunhas que tentavam filmar a batida) e lesão corporal leve (no bar, antes de atropelar o casal, o policial teria agredido uma outra pessoa).

Em relação à ameaça, o réu foi absolvido porque não houve representação. No caso da lesão corporal leve, o MPTO argumentou que houve falta de laudo pericial que comprovasse o crime.

Por entender que a pena foi baixa, em razão dos crimes cometidos, o Ministério Público do Tocantins vai ingressar com um recurso buscando aumentar o tempo de condenação.

A sustentação oral, no júri, foi feita pelo promotor de Justiça Guilherme Cintra Deleuse. O julgamento durou cerca de oito horas e a sentença foi lida por volta das 23h30 desta quinta, 6. (Texto: João Pedrini/MPTO)





FONTE

Tribuna do Tocantins

Recent Posts

Mutirão de encoleiramento da Prefeitura de Palmas contra calazar ocorre neste sábado, 5 | Prefeitura Municipal de Palmas

Mutirão de encoleiramento da Prefeitura de Palmas contra calazar ocorre neste sábado, 5 Ação promovida…

4 horas ago

Prefeitura de Palmas lança edital do Festival Gastronômico de Taquaruçu 2025 com R$ 150 mil em premiação | Prefeitura Municipal de Palmas

Prefeitura de Palmas lança edital do Festival Gastronômico de Taquaruçu 2025 com R$ 150 mil…

9 horas ago

Casamento Comunitário no TJTO garante dignidade e segurança jurídica a famílias de Palmas

O Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO) deu início, nesta sexta-feira (4/7), à primeira edição…

19 horas ago

Juiz decide mandar a júri popular homem acusado de matar o irmão em Bernardo Sayão após discussão sobre celular

O juiz Carlos Roberto de Sousa Dutra, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Colinas…

23 horas ago

Residente da Fesp produz podcast no Caps AD III de Palmas para fortalecer protagonismo e cuidado em Saúde Mental | Prefeitura Municipal de Palmas

Residente da Fesp produz podcast no Caps AD III de Palmas para fortalecer protagonismo e…

24 horas ago

Prefeitura de Palmas orienta população sobre o combate ao trabalho infantil | Prefeitura Municipal de Palmas

Prefeitura de Palmas orienta população sobre o combate ao trabalho infantil Material de divulgação é…

1 dia ago