Com o avanço das políticas públicas voltadas à saúde integral do homem, a Prefeitura de Palmas, por meio Secretaria Municipal da Saúde (Semus), alerta para a importância do cuidado com a saúde mental masculina e destaca que o primeiro passo para o bem-estar é a busca por atendimento nas Unidades de Saúde da Família (USFs) e o autocuidado.
A médica especialista em Medicina de Família e Comunidade e coordenadora de promoção de equidade na saúde na Semus, Danuta Ramos Duarte, explica que a forma como os homens lidam com o adoecimento e percebem o próprio corpo é profundamente influenciada pelos papéis sociais atribuídos ao gênero masculino. “Quando pensamos no que um homem deve ser e fazer no mundo ocidental, geralmente associamos a ideias como ser forte fisicamente, não demonstrar emoções, não ser feminino, ser o provedor, o dominador, o líder, o viril e o heterossexual. Esse conjunto de papéis e expectativas compõe o que chamamos de modelo hegemônico de masculinidade”, contou.
Além disso, a médica lembra que a saúde mental não se resume ao tratamento especializado. “O cuidado emocional pode começar com pequenas atitudes diárias, como manter vínculos sociais, praticar atividades físicas, ter uma alimentação equilibrada e reservar tempo para descanso e lazer. São práticas simples que ajudam a reduzir o estresse e prevenir transtornos mentais”, orientou.
O estudante de letras Henrique Paiva, de 28 anos, conta que já passou por momentos difíceis em que se sentia fragilizado, mas tinha medo de ser julgado. “Eu cresci ouvindo que homem não chora, que tem que aguentar firme. Então, quando comecei a ter crises de ansiedade, demorei muito pra admitir que precisava de ajuda. Só quando percebi que não estava mais conseguindo estudar nem dormir direito, procurei atendimento psicológico. Foi libertador entender que pedir ajuda não me tornava menos homem”, relatou.
Hoje, Henrique faz acompanhamento psicológico e defende que falar sobre saúde mental é essencial para quebrar o silêncio que ainda cerca o tema. “A gente precisa normalizar o cuidado emocional entre os homens. Não é fraqueza, é maturidade”, observou.
Riscos ampliados: homens adoecem mais e buscam menos ajuda
De acordo com dados do Ministério da Saúde, os homens ainda são maioria entre os casos graves relacionados a uso abusivo de álcool e outras substâncias, e apresentam maior resistência em buscar ajuda em casos de depressão e ansiedade. A negligência com a própria saúde também impacta em doenças físicas, como hipertensão e diabetes, que podem ter origem ou agravamento associados ao estresse e à sobrecarga emocional.
Rede de Palmas oferece acolhimento e apoio psicológico aos homens
A secretária municipal da Saúde, Dhieine Caminski, que também é psicóloga, reforça que falar sobre saúde mental é uma forma de prevenção. “Cuidar da mente é cuidar da vida. Quando um homem reconhece que precisa de apoio e busca ajuda, ele está exercendo responsabilidade e coragem. A rede pública de Palmas está preparada para acolher, escutar e oferecer acompanhamento psicológico e psiquiátrico quando necessário”, destacou.
A Semus lembra que as Unidades de Saúde da Família (USFs) contam com equipes multiprofissionais, compostas por médicos, enfermeiros e psicólogos, além de grupos de apoio e atividades de promoção da saúde. Procurar atendimento preventivo é o caminho mais seguro para preservar o equilíbrio físico e mental.
Texto: Rodrigo Marques
Edição: Denis Rocha
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