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Prefeitura de São Paulo investiga a morte de sete pessoas por intoxicação da droga K9


De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), foram registradas 513 notificações de casos suspeitos de intoxicação em julho

Reprodução/Jovem Pan News
K9 é uma droga sintética que tem se popularizado no Brasil

A Prefeitura de São Paulo investiga sete mortes suspeitas, registradas neste ano, que podem ter sido causadas por intoxicação da droga K9, vulgarmente conhecida como canabinoide sintético. O uso desses entorpecentes se intensificou nos últimos meses na capital paulista e pode causar sintomas como paranoia, violência, alucinação e convulsão. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), foram registradas 513 notificações de casos suspeitos de intoxicação em julho. Em junho, a secretaria reunia 411 casos suspeitos, ou seja, houve um aumento de quase 25% em apenas um mês. A SMS tem promovido uma capacitação entre profissionais da saúde sobre os malefícios do uso de canabinoides sintéticos pela população infanto-juvenil e estratégias de cuidado baseadas na atenção psicossocial. Em entrevista à Jovem Pan News, o diretor-secretário da Associação Brasileira de Psiquiatria, Sérgio Tamai, afirmou que o K9 tem uma potência até 100 vezes maior que o THC, componente psicoativo da cannabis.

“Tem casos que já ouvi de paciente que a gente trata no hospital e disse que tinha se jogado de uma laje. Só que quando você pergunta para ele, ele diz que naquele momento estava vendo uma piscina, por isso que ele pulou. Esse é um comportamento bastante perigoso. Ou então a sensação de que tem pessoas querendo matá-lo. O indivíduo sai fugindo, correndo e pode, tentando ‘se defender’, tornar-se agressivo. Isso no uso da droga em si”, declarou.

O PhD em neurociência Fabiano de Abreu Agrela destacou que o uso da droga K9 tem aumentado entre jovens. “Você termina de formatar o seu lóbulo central, que é a região da inteligência do cérebro, da prevenção, da consciência, da lógica e da razão até os 30 anos de idade, a depender do indivíduo. Então um jovem de 19 anos de idade pensa ter razão, mas ele pensa ter razão porque ele só conhece aquilo e aquela razão naquele limite que ele tem, porque o cérebro ainda está se formando. Ele não tem ainda a inteligência e cognição suficientes para entender a circunstância da mesma maneira que um adulto.”

*Com informações do repórter Victor Moraes





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Tribuna do Tocantins

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