Categories: Brasil

Após casos de assédio, Caixa vai pagar R$ 10 milhões por danos morais e pedir ressarcimento a Pedro Guimarães


Valor da multa por dano moral coletivo será revertido a instituições sem fins lucrativos e o pagamento deve ser feito nos próximos 30 dias

Marcelo Camargo/Agência Brasil – 05/05/2020
Sede da Caixa Econômica Federal

A Caixa Econômica Federal terá que pagar R$ 10 milhões por dano moral coletivo por tolerar práticas de assédio sexual e moral no banco. O ex-presidente da instituição, Pedro Guimarães, foi alvo de denúncias e a atual comandante do banco, Rita Serrano, declarou que pedirá ressarcimento ao seu antecessor. Guimarães foi demitido depois de virem à tona acusações de assédio feitas por cinco funcionárias da Caixa à ouvidoria da instituição. Na sequência, outras vítimas também se apresentaram. O valor da multa por dano moral coletivo será revertido a instituições sem fins lucrativos. O acordo firmado em março e oficializado neste semana encerra o processo contra o banco e o pagamento deve ser feito nos próximos 30 dias. Além dos R$ 10 milhões em multa, foram acertadas algumas obrigações que também podem resultar em multas diárias que variam de R$ 5 mil a R$ 150 mil por descumprimento.

Entre as obrigações, está a criação de uma política de prevenção e combate ao assédio moral, ao assédio sexual e a casos de discriminação. O banco terá que fornecer canais de denúncia, inclusive para funcionários terceirizados, com garantia de anonimato, e haverá prazo para análise e apuração dos casos. A empresa também terá de garantir mecanismos de proteção para impedir retaliações a quem fizer as denúncias, promover a diversidade no ambiente de trabalho, treinamentos anuais e auditorias externas. O acordo com o Ministério Público do Trabalho evita que o banco pague multas e indenizações que poderiam superar R$ 300 milhões. Em nota, a Caixa informou que cobrará Pedro Guimarães judicialmente pelo ressarcimento dos valores. O processo sobre a responsabilização individual do ex-presidente continua em andamento sob segredo de Justiça. O sigilo é uma forma de preservar a intimidade das vítimas.

*Com informações da repórter Katiuscia Sotomayor





FONTE

Tribuna do Tocantins

Share
Published by
Tribuna do Tocantins

Recent Posts

PAHS completa dois anos promovendo acolhimento e proteção às mulheres do Judiciário tocantinense

Criado para fortalecer a rede de apoio às mulheres do Poder Judiciário do Tocantins, o…

11 horas ago

justiça garante a idosa cuidados hospitalares em casa, 24 horas

Em uma decisão nesta sexta-feira (18/7), a juíza de Direito Luciana Costa Aglantzakis, da Comarca…

13 horas ago

Esmat abre inscrições para curso sobre heteroidentificação racial e políticas afirmativas

A Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat) está com inscrições abertas para o curso “Quem…

14 horas ago

Prefeitura de Palmas realiza ação de conscientização sobre os Direitos da Mulher na Graciosa e Praia do Prata | Prefeitura Municipal de Palmas

Prefeitura de Palmas realiza ação de conscientização sobre os Direitos da Mulher na Graciosa e…

14 horas ago

reconhecida parentalidade socioafetiva de homem de 57 anos criado pelo ex-marido de uma tia, de 76 anos

O juiz João Alberto Mendes Bezerra Júnior homologou, nesta sexta-feira (18/7), pelo Centro Judiciário de…

15 horas ago