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Cai preocupação com saúde e cresce com educação — Senado Notícias


A saúde continua a ser a maior preocupação dos brasileiros (26%), mas, com a superação do período crítico da pandemia da covid-19, houve um recuo acentuado em relação ao pico apurado em janeiro de 2021, quando 45% dos cidadãos consideravam essa a principal fonte de inquietação. Antes da pandemia, em 2019, 28% apontavam a saúde no topo da lista de preocupações. Esses dados estão na pesquisa do Instituto DataSenado intitulada Panorama Político 2023

O levantamento, feito em novembro de 2022, apurou a opinião de brasileiros sobre uma série de temas. Na área social, destaque para o apoio às cotas nas universidades e aos programas de transferência de renda.

Para a população de menor escolaridade, a pesquisa indica que a preocupação com a saúde ainda supera os 34%, em contraste com os demais grupos, onde a corrupção se destaca como principal preocupação, passando de 24% para aqueles com nível de ensino superior incompleto ou além disso. Considerando todos os perfis entrevistados, a corrupção aparece em segundo lugar na lista de maiores preocupações dos brasileiros, com 17%.

Educação

De acordo com o DataSenado, enquanto cai a preocupação com a saúde, cresce a preocupação com a educação, que subiu de 6% no início de 2021 para 15% em novembro de 2022, igualando o maior nível da série histórica — alcançado em meados de 2012. 

Destaca-se ainda a trajetória do item custo de vida na lista de maiores preocupações dos brasileiros, já atingindo 14% da população, o maior nível da série histórica para esse item. Na sequência estão o emprego (11%) e a segurança (11%).

Transferência de renda

A pesquisa também indica que a ampla maioria dos brasileiros é favorável à manutenção de programas de transferência de renda. De acordo com o levantamento, 75% defendiam a continuidade do Auxílio Brasil (que será rebatizado para Bolsa Família), enquanto 21% se mostravam contrários. 

Além de apoiar o programa destinado às famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza em todo o país, a maioria dos entrevistados discordou da afirmação de que “as pessoas procuram ajuda financeira do governo porque não querem trabalhar”: ao todo, 54% dos participantes da pesquisa rejeitaram tal afirmação.

A senadora Teresa Leitão (PT-PE) avalia que os programas de transferência de renda devem ser ampliados. 

—  Vamos focar em todos os programas, não apenas no Bolsa família, mas na interseccionalidade desses programas de transferência de renda. Inclusive com a incidência em uma reforma tributária justa, que de fato contribua para a distribuição de renda — declarou ela.

Cotas

O levantamento do DataSenado aponta que a maioria dos entrevistados (58%) concorda com a afirmação de que “o sistema de cotas para negros em universidades é justo”. Esse patamar retoma o nível de aprovação atingido ao final de 2019. Em relação ao final de 2021, houve aumento de nove pontos percentuais no índice de concordância e queda de 10 pontos percentuais no nível de discordância. Em novembro de 2022, 36% dos brasileiros consideravam o sistema de cotas injusto, enquanto 6% não sabiam ou não responderam.

O senador Paulo Paim (PT-RS) comemorou o crescimento da aprovação dessa política pública. A Lei de Cotas (Lei 12.711, de 2012) completou dez anos em 2022.

— Quase 60% dos brasileiros concordam [com a afirmação de] que o sistema de cotas em universidades, que eu defendo tanto, é justo. A Lei de cotas é inclusão, é igualdade, é dignidade, é qualidade de vida para todos. É uma conquista de pobres, negros, indígenas e pessoas com deficiência — celebrou Paim.

Aborto

De acordo com o DataSenado, a maior parte da população segue contrária ao aborto: 58% dos entrevistados discordou da afirmação de que “as mulheres devem ter o direito de interromper a gravidez caso elas queiram”, enquanto 38% dos brasileiros é favorável ao aborto. Os mesmos resultados foram observados na edição anterior da pesquisa.

O levantamento constatou que dois grupos se destacam entre os contrários ao aborto. Entre os que se posicionam mais à direita na política, o índice de rejeição à possibilidade de as mulheres interromperem a gravidez chega a 74%. Entre os evangélicos, a rejeição é de 70%. Apenas o grupo posicionado à esquerda na política possui maioria de concordância com a afirmação (61%)

Pesquisa

A 20ª edição da pesquisa de opinião nacional sobre Panorama Político entrevistou 2.007 brasileiros, com 16 anos ou mais, por telefone, entre os dias 8 e 26 de novembro de 2022, em amostra considerada representativa da opinião da população brasileira.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)



FONTE

Tribuna do Tocantins

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