Negócios

Comércio: 80% dos palmenses consideram-se endividados, aponta pesquisa

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em parceria com a Fecomércio Tocantins mostrou em novembro que 80,9% dos palmenses estão endividados, 13,2% estão com contas em atraso e 0,3% não terão condições de pagar. Em comparação a outubro, o crescimento no nível de endividados é de 1,3%, já quando comparado ao mesmo período do ano passado foi de 6,9%.

Para o presidente interino do Sistema Fecomércio Tocantins, Domingos Tavares, esse aumento no nível de endividados deve ser visto como preocupante. “Apesar de aquecer o consumo, as famílias devem optar por um endividamento consciente, ou seja, assumir dívidas a longo prazo com cautela e dentro do orçamento familiar para que isso futuramente não os prejudiquem. As empresas querem vender, porém querem também ter a garantia do recebimento e de que as pessoas continuem tendo o seu poder de compra”, argumentou.

Dentre os tipos de dívida, o cartão de crédito se destaca novamente. 91% dos entrevistados disseram ter dívidas no cartão de crédito. Seguido pelos demais tipos de dívidas: carnês (17,6%), financiamento de carro (12%) e financiamento de imóveis (11,5%).

A PEIC mostrou ainda que entre os que estão com dívidas em atraso, a média de atraso é de 46 dias. Os dados analisados permitiram verificar também que a média do tempo de comprometimento com dívidas é de 32 semanas e a média de comprometimento da renda familiar com dívidas é de 34,2%.

Endividamento a nível nacional

O percentual de famílias que relataram ter dívidas a vencer recuou 0,3 ponto percentual (p.p.) em novembro de 2022, alcançando 78,9% do total das famílias brasileiras. Na comparação com novembro do ano passado, contudo, a proporção de endividados avançou 3,3 p.p., mas em uma dinâmica de desaceleração. Essa taxa anual é a menor desde junho de 2021.

A desaceleração da proporção de endividados é explicada pela evolução positiva do mercado de trabalho, pelas políticas de transferência de renda mais robustas e pela queda da inflação nos últimos meses. Conforme o presidente da CNC, José Roberto Tadros, esse conjunto de fatores resultou no aumento da renda disponível. “Mesmo com o cenário de melhoria do mercado de trabalho, os consumidores seguem cautelosos quanto à contratação de novas dívidas neste fim de ano, tanto pelo alto índice de endividamento e comprometimento da renda quanto pelos juros, que seguem altos”, aponta o presidente.

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