O senador Marcio Bittar (União-AC), que foi relator da venda dos Correios e pediu a aprovação do projeto, entende que a privatização só não se concretizou por causa do lobby dos sindicatos:
— A esquerda é muito organizada e seus sindicatos são fortes. Os sindicalistas são liberados do trabalho e têm tempo e estrutura para viajar a Brasília e pressionar os senadores, que pedem vista do projeto e assim prorrogam indefinidamente a votação. É uma lástima. Os Correios são um patrimônio nacional que está se acabando. Daqui a alguns anos o setor privado não terá mais interesse em incorporar a estatal, pois ela já não passará de uma massa falida.
Para Bittar, são raras as empresas que precisam ser comandadas pelo Estado, sempre na área da segurança nacional.
— Veja o caso da Petrobras. Fizeram uma lavagem cerebral nos brasileiros com essa história de “o petróleo é nosso”. O que eu ganhei com a Petrobras? O que você ganhou? O que os cidadãos ganharam? A Petrobras mostrou o estrago que as indicações políticas para as estatais podem fazer. O patrimônio público foi dilapidado. Ela agora está se recuperando, é verdade, mas à custa do suor do povo brasileiro. O presidente Lula certamente vai querer criar estatais em seu governo. Vou fazer de tudo para que isso não aconteça.
O senador Paulo Paim (PT-RS), por outro lado, entende que “privatizações desenfreadas” atendem a uma visão ideológica do mundo que quase sempre diverge dos interesses nacionais. Ele diz:
— O que Bolsonaro fez foi um ataque ao patrimônio público. Ele quis privatizar tudo. Partimos para o confronto e felizmente conseguimos barrar a venda dos Correios, da Caixa, do Banco do Brasil. Ele quis privatizar até a Previdência Social, com essa história de capitalização. Lula, ao contrário, quer explorar o potencial das estatais que são produtivas.
De acordo com Paim, o governo Lula “não quer o Estado máximo nem o Estado mínimo” e é favorável às parcerias com a iniciativa privada. A respeito das acusações de que empresas estatais são focos de corrupção, ele argumenta:
— A crítica que generaliza não é precisa. Se existem três ou quatro agentes públicos que agiram errado, seja no Executivo, no Legislativo ou no Judiciário, seja numa empresa estatal, que eles sejam punidos e os focos de corrupção sejam eliminados. Não se devem prejudicar cadeias produtivas inteiras e empresas que dão lucro, como é o caso da Petrobras.
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