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Igualdade e diversidade norteiam diálogo proposto pelo Judiciário ao longo da semana


A abertura da 1ª Semana de Diálogos sobre Igualdade e Diversidade, nesta terça-feira (17/10), foi feita pela corregedora-geral da Justiça do Tocantins, desembargadora Maysa Vendramini Rosal. Na ocasião, ela destacou a importância do espaço para promover o diálogo sobre questões como igualdade de gênero e racial, combate à LGBTfobia, ao capacitismo e etarismo. “Precisamos dialogar e agir para vermos, na prática, mudanças que promovam acessibilidade, inclusão e garantia dos direitos das minorias”, ressaltou.

Conforme ainda destacou a corregedora, o evento integra as ações estratégicas previstas no Plano de Gestão da Corregedoria-geral da Justiça do Tocantins (CGJUS) para o biênio 2023-2025 e vai ao encontro do estabelecido na Meta 2H, que visa garantir acessibilidade, transparência e direitos humanos.

O juiz auxiliar da CGJUS e coordenador da Coordenadoria da Cidadania, Arióstines Guimarães Vieira, também destacou a relevância do debate e frisou que o evento “marca, demarca e, sobretudo, sinaliza o caminho que optamos por seguir no Judiciário”.

Importância do Diálogo

“Eu tenho 36 anos, mais de 10 anos de carreira; e por ser negra a todo o tempo eu tenho que reafirmar as mesmas coisas, a nossa fala não basta, o nosso currículo profissional não basta, a gente precisa ser 10 vezes melhor e ainda não é suficiente”, afirmou a técnica da gerência de Mediação Escolar, Cultura de Paz e Direitos Humanos da Secretaria da Educação do Estado, Deyze dos Anjos, uma das participantes de evento. Para ela, o diálogo promovido pelo Judiciário sobre o tema é de extrema importância. “A gente vê um momento estrutural de mudança de mentalidade; a gente vê com muito bons olhos esse movimento que o Judiciário tocantinense tá fazendo, vê um pioneirismo, ato de coragem nessa mudança estrutural nesse novo Estado, com uma educação mais plural”, complementou.

A professora Gleys Ially Ramos também esteve presente no primeiro dia da Semana e falou da satisfação em poder participar. “Estou super empolgada, os temas trazem um impacto grande porque as pessoas têm sede de fazer esse debate, têm sede de pertencer a esse debate. Então, torná-lo acessível é com certeza a melhor saída. Além de fazer a diferença, é importante que a gente se sinta pertencente também nesses espaços. Não é só a transformação do pensamento, mas é a participação da gente na transformação desse pensamento”, afirmou.

Programação

Nesta quarta-feira (18/10), a programação terá início com o painel Abordagem ao protocolo de julgamento com perspectiva de gênero, mediado pela juíza Renata do Nascimento e Silva, coordenadora da Semana. Durante o evento serão abordados os temas “LGBTfobia como fenômeno estrutural”, “O reconhecimento como processo de construção de visibilidade e Justiça em comunidades Quilombolas no estado do Tocantins” e “Direitos para se ter Orgulho – Conquistas do Povo LGBTQIAPN+/LGBfobia como Necropolítica do Estado Brasileiro”.

Já nos dias 19 e 20, na modalidade EaD, serão tratados os temas “Conhecimento e prática jurídica do protocolo para julgamento com perspectiva de gênero no enfrentamento à violência contra a mulher” e “Introdução ao protocolo de julgamento sobre a perspectiva de gênero na justiça brasileira na visão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)”

“Vivemos numa sociedade plural e diversa, mas em que medida a gente encontra esteio, atuação, compreensão acerca desse tema e o que fazer diante das nossas diferenças? O espaço para esse diálogo é o que propomos e, por isso, é uma satisfação finalmente termos uma Semana como essa no nosso Judiciário Tocantinense”, destacou a magistrada.

As inscrições da I Semana de Diálogos de Igualdade e Diversidade seguem até sexta-feira (20/10).

Atividade 1 (dias 17 e 18/10): inscreva-se clicando aqui.

Atividade 2 (dia 19/10):  inscreva-se clicando aqui.

Atividade 3 (dia 20/10):  inscreva-se clicando aqui.

Para mais informações sobre o cronograma detalhado de cada atividade e palestrantes, clique aqui

Presenças

Participaram do evento a vice-presidente da associação do magistrados brasileiros (AMB), Luciane Freire Marques; a juíza diretora da associação de mulheres da carreira jurídica, Delicia Feitosa; representando a comissão de igualdade racial da OAB TO, Leossandro Vila Nova; presidente da comissão de diversidade sexual da AMB Tocantins  e da associação da carreira jurídica do direito de família do Tocantins, Leandro Alves Carvalho; a chefe de gabinete da CGJUS, Lívia Guimarães.



FONTE

Tribuna do Tocantins

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