Protestos afetaram escolas e os setores de transporte; ao menos 80 pessoas foram detidas e 123 policiais ficaram feridos
Um dia após o presidente da França, Emmanuel Macron, quebrar o silêncio e falar sobre a impopular reforma da previdência, aprovada na última segunda-feira, 20, e apertar a fala contra os grevistas, mais de um milhão de pessoas foram às ruas do país no nono dia consecutivo de manifestações contra a mudança e o líder francês. Segundo o Ministério do Interior, foram contabilizados 1,089 milhão de manifestantes. Contudo, o balanço é inferior em 200 mil pessoas ao recorde de mobilização, registrado em 7 de março. Macron disse que reconhece a “impopularidade” de uma reforma que quer ver adotada “até o final do ano” para o “interesse geral”, e criticou os sindicatos, a oposição e os manifestantes mais radicais, que comparou a “subversivos”. Os protestos de hoje vieram acompanhados de greves, que afetaram escolas e os setores de transportes, depredação e violência.As greves provocaram fortes distúrbios nesta quinta no transporte público parisiense e o cancelamento da metade dos trens de alta velocidade, o fechamento de escolas, o bloqueio de colégios e universidades, e o fechamento de monumentos como a Torre Eiffel. Segundo jornal francês ‘Le Monde‘, 80 pessoas haviforam detidas e 123 policiais ficaram feridos, informou o ministro do Interior, Gérard Darmanin. Pela manhã, um grupo bloqueou o acesso do principal aeroporto de Paris. “Não temos escolha a não ser a greve e bloquear a economia até que Macron ceda e retire o projeto”, disse Fabrice Criquet, secretário-geral do sindicato Força Operária dos Aeroportos de Paris. A capital e outras cidades registraram distúrbios durante e ao fim das passeatas, que em grande medida transcorreram pacificamente. Em Paris, os distúrbios continuavam na noite desta quinta-feira.
A marcha em Paris bateu um recorde, com 119 mil manifestantes, segundo o Ministério, e 800 mil, segundo o sindicato CGT. O dia de paralisação e manifestações é o primeiro desde que Macron decidiu adotar por decreto sua impopular reforma previdenciária, contra a qual se opõem todos os sindicatos e dois em cada três franceses, segundo pesquisas. Esta decisão, anunciada na quinta-feira passada e confirmada na segunda com o repúdio de duas moções de censura contra o governo, gerou um recrudescimento da tensão na França. Desde então, centenas de pessoas, a maioria jovens, participam de protestos espontâneos, marcados pela queima de latas de lixo e denúncias de violência policial. A mobilização desta quinta, onde foram registrados distúrbios em Paris e outras cidades, como Rennes e Nantes, era considerada chave para saber se os sindicatos conseguirão manter os protestos com o tempo. A saga da reforma da Previdência é uma fase de desgaste, com um governo inflexível e ansioso por deixar para trás o conflito social e uma oposição – política, sindical e popular – disposta a manter a queda de braço e, inclusive, intensificá-la.
As marchas desta quinta se anunciavam cruciais para mostrar se os sindicatos serão capazes de manter viva a mobilização contra a reforma, que aguarda a aprovação final do Conselho Constitucional. O governo espera que a manifestações reduzam e tudo volte ao normal “no fim de semana”, mas os sindicatos já convocaram novos protestos para o sábado e o domingo e um novo grande dia de manifestação na terça-feira, 28 de março. O presidente de 45 anos está sob pressão: obrigado a entrar em acordo com a oposição de direita para aprovar suas leis e considerado responsável pela violência e distúrbios por 70% dos franceses, segundo pesquisa da Odoxa. Diante dos bloqueios que duram dias em depósitos e refinarias, o governo ordenou a volta ao trabalho de alguns grevistas para amenizar a falta de combustível em 15% dos postos de gasolina e a “crítica” situação do fornecimento de querosene nos aeroportos de Paris. A capital segue com milhares de toneladas de lixo acumuladas nas ruas, dias antes da chegada do rei Charles III, que manteve sua viagem à França. Há, ainda, interrupções pontuais de estradas e o bloqueio de portos se propagam pelo país, entre outras ações.
*Com agências internacionais
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