Imagine um microempreendedor individual (MEI) do interior de qualquer estado que tenha a pretensão de vender para todo o Brasil e, quem sabe, até para outros países. Por menor que seja o porte do negócio, uma das principais estratégias para acesso a novos mercados são as vendas online. Neste ano, o Sebrae ajudou 728 mil empreendedores a sonhar mais alto, orientando sobre a presença no mercado digital para reforçar o alcance da marca e o faturamento.
Foram 42 eventos presenciais em todos os estados brasileiros para ajudar os pequenos negócios a atuar em canais como Mercado Livre, Amazon e Shopee, além de fazer uso de ferramentas como Canva e TikTok. “Ajudamos o empreendedor a sanar as dúvidas básicas, a perder o medo da tecnologia. De 2021 para cá, além de capacitar, nós colocamos mais de 18.500 novas lojas para rodar nos marketplaces. São 18 mil vitrines virtuais que não existiam”, afirma o gestor de Mercado Digital do Sebrae Nacional, William Almeida.
Ele comenta que muitos pequenos empreendedores não sabem como chegar a esses marketplaces e performar de verdade. “É um caminho assustador para muitos. O Sebrae constrói pontes onde antes existiam abismos”, comenta.
O principal indicador de que essa ponte funciona é o dinheiro no bolso do empreendedor, ressalta William.
A criação dessas mais de 18.500 lojas virtuais gerou R$ 841,4 milhões em faturamento para pequenos negócios desde 2021. Colocar o pequeno negócio nas vitrines dos gigantes é transformador. Isso paga conta e gera emprego na ponta.
William Almeida, gestor de Mercado Digital do Sebrae
William alerta que o empreendedor, qualquer que seja o porte do pequeno negócio, precisa estar presente no mercado digital pelo potencial de faturamento do e-commerce. Entre 2019 e 2024, faturamento dos pequenos negócios em vendas online saltou de R$ 5 bilhões para R$ 67 bilhões.
São números expressivos, mas ainda muito tímidos em relação à movimentação total no comércio eletrônico. “Em 2024, o e-commerce movimentou R$ 225 bilhões, com um crescimento de 14,6% em relação ao ano anterior e de 311% nos últimos cinco anos. Desde 2016, já foram negociados R$ 1 trilhão via comércio eletrônico no país”, afirma William. “Por isso precisamos preparar os pequenos negócios para que eles estejam no mercado digital, porque tem um pedaço do e-commerce que são bilhões que a gente está perdendo e que poderia ser para o pequeno negócio”, acrescenta.
Os empreendedores precisam estar em canais como Instagram, Google Perfil Empresa e TikTop Shop, destaca o gestor de Mercado Digital do Sebrae, William Almeida. E de que forma um pequeno negócio pode entrar no mercado digital? “De muitas maneiras. Se um dono de restaurante adota a solução ‘Perfil Empresa’ no Google e se o consumidor procura no Maps um lugar para almoçar na região, seu pequeno negócio vai aparecer como uma opção”, comenta William. “O empreendedor já teria que ter cadastrado o seu cardápio, atualizado o horário de funcionamento da loja e dessa forma o consumidor te acha.”
O Sebrae oferece conteúdos gratuitos, consultorias e convênios com as maiores plataformas do país para facilitar esse primeiro passo. “Inclusive nós subsidiamos em até 90% do valor muitas ferramentas e soluções tecnológicas. O importante é entender que o e-commerce não é só uma tendência, mas uma exigência do novo comportamento de consumo”, alerta William.
Ele reforça que os empreendedores, independentemente da atividade e do porte do negócio, têm que estar no mercado digital. “Tem de ter Instagram, estar no TikTop Shop, estar no Google Perfil Empresa, ter um CRM bacana, se for interessante, e principalmente aproveitar as soluções do Sebrae, porque a gente ajuda muito”, conclui.
Dicas do Sebrae
1. Presença digital
É importante profissionalizar a presença digital dos pequenos negócios. Isso significa ter boas fotos dos produtos, descrição clara, atendimento rápido e política de trocas bem definida.
2. Análise dos dados
De acordo com o faturamento e com as vendas, o empreendedor precisa acompanhar e entender os principais indicadores que o pequeno negócio pode fornecer, como os produtos que mais vendem, qual o ticket médio, em que canal tem a maior saída e a época de melhor faturamento.
3. Reputação
É essencial investir na construção de uma reputação, tanto nas redes sociais quanto nas plataformas. Avaliações positivas e entrega no prazo viraram moeda de confiança.
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