Com presença de representante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), conselheiro Guilherme Feliciano, o Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO) realizou, nesta sexta-feira (13/6), o III Encontro de Gestão Socioambiental, integrando a programação do Junho Ambiental. O evento reafirmou o compromisso do Judiciário tocantinense com a sustentabilidade, a inclusão e a responsabilidade social, reunindo magistrados(as), servidores(as) e representantes de instituições parceiras.
Na solenidade de abertura, a presidente do TJTO, desembargadora Maysa Vendramini Rosal, destacou que a sustentabilidade deve estar no centro das decisões institucionais.
“Mais do que uma diretriz administrativa, a sustentabilidade é uma escolha ética que nos convida à mudança de hábitos, ao cuidado com os recursos públicos e, sobretudo, com as pessoas”, afirmou.
A desembargadora Ângela Prudente, presidente da Comissão Permanente de Sustentabilidade e Responsabilidade Social do TJTO, ressaltou o papel ativo de cada servidor(a) e comarca na consolidação de uma cultura institucional sustentável.
“É um chamado à ação, um compromisso transversal que pulsa em cada comarca e em cada servidor. Sustentabilidade, para nós, não é projeto isolado, mas prática viva e permanente, alinhada à responsabilidade intergeracional que o momento exige”, pontuou.
A composição de honra da abertura oficial contou ainda com as presenças do desembargador João Rodrigues Filho, ouvidor judiciário; do presidente da Associação dos Magistrados do Estado do Tocantins (Asmeto), juiz Allan Martins; e da vice-presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), juíza Julianne Freire Marques.
Palestra
Na sequência, o conselheiro e presidente da Comissão Permanente de Sustentabilidade do CNJ, Guilherme Feliciano, proferiu a palestra “A Sustentabilidade como um Valor para o Poder Judiciário”, abordando o papel estratégico da Justiça no enfrentamento das mudanças climáticas e seus impactos sobre a saúde e a segurança dos(as) trabalhadores(as). Ele destacou a importância da integração entre as políticas de sustentabilidade, inclusão e diversidade no ambiente institucional.
“De que adianta um tribunal com vasta amplitude na temática ambiental, mas com altas taxas de adoecimento e falta de inclusão e de diversidade de seus(suas) colaboradores(as)? Às vezes, é preciso ousar. Por isso, é importante essa sinergia de ações de programas de sustentabilidade entre os tribunais de justiça do país”, afirmou.
O conselheiro também apresentou o Programa Justiça Carbono Zero, instituído pela Resolução CNJ nº 594/2024, que estabelece a meta de neutralidade de emissões de carbono no Judiciário até 2030. Com base em dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), lembrou que mais de 2,4 bilhões de trabalhadores(as) estão expostos ao calor extremo no mundo — dado que reforça a urgência de ações sustentáveis com foco na proteção humana.
Resultados e inovação
Durante o encontro, a engenheira ambiental da Coordenadoria de Gestão Socioambiental e Responsabilidade Social (COGERSA), Cinthia Azevedo, apresentou os principais resultados do Plano de Logística Sustentável (PLS), com indicadores de desempenho ambiental e social do TJTO.
Na sequência, a diretora de Tecnologia da Informação, Alice Setúbal, apresentou a nova versão do Sistema de Gestão Socioambiental – SIGA 2025, plataforma que acompanha mais de 650 indicadores, incluindo consumo de recursos, gestão de resíduos, acessibilidade e ações de inclusão.
Comarcas premiadas
Um dos momentos mais aguardados da programação foi a entrega do Prêmio Comarca Sustentável 2025, que reconheceu unidades judiciárias com destaque em práticas socioambientais ao longo de 2024. Foram premiadas as comarcas de Alvorada, Araguaína, Dianópolis e Porto Nacional.
Solidariedade e encerramento
Ao final da programação, foram entregues à campanha “Amor em Doação” 1,5 tonelada de lacres e tampinhas arrecadadas em 2024. Todo o material será destinado ao Hospital de Amor, referência nacional no tratamento oncológico. O evento foi encerrado com a distribuição de mudas nativas do Cerrado, em parceria com a Fundação Municipal de Meio Ambiente de Palmas.
Sobre o Encontro
O III Encontro de Gestão Socioambiental reforça a atuação do TJTO em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e com a Política de Sustentabilidade do CNJ, consolidando o Tribunal como referência em governança ambiental, inovação e responsabilidade pública. A organização do evento foi conduzida pela Comissão Gestora do PLS e pela COGERSA.