Categories: Estado

Comissão aprova regras mais rígidas para cadastro de motoristas de aplicativo – Notícias


11/12/2025 – 18:49  

Michel Jesus / Câmara dos Deputados

Texto aprovado é o substitutivo do relator, Antonio Andrade

A Comissão de Comunicação da Câmara dos Deputados aprovou proposta que proíbe o cadastro, nas plataformas de transporte, de pessoas que estejam sujeitas a medidas protetivas por violência doméstica, violência contra crianças, adolescentes ou idosos, além de crimes contra a dignidade sexual.

A exigência de certidão negativa de antecedentes já está prevista na Lei de Mobilidade Urbana, mas o texto aprovado detalha e expande as situações que impedem a atuação, definindo critérios mais rigorosos para proteção dos usuários.

A proposta determina que plataformas como Uber e 99 não poderão habilitar motoristas que tenham medidas protetivas deferidas em seu desfavor nesses casos, mesmo sem condenação criminal. Além disso, mantém a obrigação já existente de apresentação de certidão negativa, exigindo agora que o documento seja atualizado anualmente.

O texto também altera o Código Penal para incluir, como efeito da condenação, o impedimento de exercer atividade como motorista de aplicativo quando o autor for condenado por violência doméstica, violência contra idosos ou crimes sexuais. Esse impedimento terá duração equivalente aos efeitos da sentença, contados a partir do trânsito em julgado.

Foi aprovado o substitutivo do relator, deputado Antonio Andrade (Republicanos-TO), ao Projeto de Lei 1689/25, do deputado Alex Manente (Cidadania-SP). Além de exigir certidões de antecedentes criminais, o texto original previa uma autodeclaração obrigatória dos usuários sobre eventual histórico criminal, o que foi retirado na nova versão.

Segundo Andrade, a exigência de autodeclaração de antecedentes de usuários
criaria um cenário inédito no país: seria o único serviço privado que
obrigaria o consumidor a revelar potencialmente dados sensíveis para ter
acesso à mobilidade. “Isso expõe usuários a risco penal, mesmo sem qualquer estrutura de verificação pelo Estado, gerando insegurança jurídica e incentivo à informalidade”, reforçou.

A proposta altera a Lei de Mobilidade Urbana (Lei 12.587/12) e o Código Penal.

Próximos passos
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, o texto precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Reportagem – Emanuelle Brasil
Edição – Ana Chalub



FONTE

Tribuna do Tocantins

Recent Posts

Crianças da ETI Cora Coralina recebem kits pedagógicos em encerramento de projeto de incentivo à leitura | Prefeitura Municipal de Palmas

Crianças da ETI Cora Coralina recebem kits pedagógicos em encerramento de projeto de incentivo à…

22 minutos ago

TJTO realiza parada técnica programada do Sistema GRP para atualização de versão neste fim de semana

O Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO) executará, entre a noite desta sexta-feira (12/12) e…

46 minutos ago

Conselho Municipal de Meio Ambiente realiza última reunião ordinária do ano em Buritirana | Prefeitura Municipal de Palmas

Conselho Municipal de Meio Ambiente realiza última reunião ordinária do ano em Buritirana A 3ª…

50 minutos ago

Palmas marca presença em encontro nacional que fortalece políticas educacionais | Prefeitura Municipal de Palmas

Palmas marca presença em encontro nacional que fortalece políticas educacionais Encontro reuniu gestores de todo…

1 hora ago

Geap Day chega à Capital com condições especiais para servidores da Prefeitura de Palmas | Prefeitura Municipal de Palmas

Geap Day chega à Capital com condições especiais para servidores da Prefeitura de Palmas Evento…

1 hora ago

Mais ruas do Distrito Industrial de Taquaralto são pavimentadas pela Prefeitura de Palmas | Prefeitura Municipal de Palmas

Mais ruas do Distrito Industrial de Taquaralto são pavimentadas pela Prefeitura de Palmas Nesta sexta-feira,…

2 horas ago