Termos técnicos, partes dos sambódromos e gírias carnavalescas podem confundir os espectadores que não estão acostumados com o dia a dia das escolas de samba
O Carnaval é uma das maiores festas do Brasil e a transmissão dos desfiles das escolas de samba de São Paulo e do Rio de Janeiro atinge milhões de espectadores ao redor do país, muitos que não tem ligação ou acompanham o dia-a-dia da festa. Por isso, muitas vezes termos que são usados nas transmissões, como “paradinha”, “buraco”, “recuo” e outros, acabam gerando dúvidas em quem assiste os desfiles. A Jovem Pan elaborou um pequeno guia com as explicações dos principais termos usados nas transmissões dos desfiles das escolas de samba. Confira abaixo alguns deles:
A concentração é a parte do sambódromo em que a escola se organiza antes de entrar para a avenida. Lá, todos os componentes e carros alegóricos são colocados em ordem e organizados pelos membros da agremiação. É comum entradas de repórteres ao vivo direto da concentração. Nada do que acontece lá é avaliado ou levado em consideração pelos jurados na hora de atribuir as notas.
Composta por no máximo 15 componentes visíveis, é responsável por apresentar o desfile para o público e para os jurados. Além disso, é contabilizada como um quesito à parte, sendo crucial para o bom desempenho da escola. É marcada por coreografias diferentes do restante da escola, com movimentos mais trabalhados e ligados diretamente com o enredo. Também é permitida a utilização de tripés e pequenos carros alegóricos de apoio.
A palavra “chão” é utilizada no meio do Carnaval para se referir à comunidade da escola e aos componentes durante o desfile, visando exaltar um canto forte ou uma grande interação dos membros com o sambódromo. Costuma ser visto como um ponto decisivo no Carnaval, sendo o diferencial de algumas escolas.
Uma ala nada mais é do que o grupo de pessoas que usam a mesma fantasia nos desfiles. A quantidade de membros varia de escola para escola, assim como sua disposição na avenida. Dentro das alas, todos devem estar com as mesmas fantasias, sendo proibida a presença de pessoas com roupas diferentes entre os componentes — salvo casos em que isso é previsto na pasta entregue pelas escolas aos jurados. A quantidade de alas costuma variar entre as escolas, com números oscilando entre 18 e 23, normalmente.
Esse termo só é usado se o desfile estiver com problemas e está relacionado ao quesito evolução. “Buraco” é usado quando o espaço entre duas partes da escola é maior do que o padrão apresentado pela escola em outros setores. Esse tipo de situação pode e deve ser penalizada pelos jurados. Outra coisa proibida é membros de uma ala invadirem o espaço de outra, o que também configura problemas de evolução e é passível de punição.
“Paradinha”, breque, arranjo, bossa e convenção são todos sinônimos para as intervenções da bateria durante o desfile. Ao contrário do que o nome diz, a “paradinha” não necessariamente envolve a bateria deixar de tocar. As intervenções passaram a ser obrigatórias e as baterias podem ser penalizadas caso não façam. Além disso, é necessário haver sincronia dos arranjos com a letra do samba e o canto da escola.
O “paradão” também é uma intervenção da bateria durante o desfile, mas, nesse caso, normalmente, os ritmistas deixam de tocar e apenas cantam ao lado da escola. Costuma ser aplicado em refrões ou em trechos mais fortes do samba-enredo e visa valorizar e mostrar a força do canto da escola. Costuma render momentos icônicos nos desfiles. Relembre um dos maiores “paradões” da história do Carnaval carioca, praticado pela Mangueira em 2012:
O recuo é a parte localizada próximo à metade do trajeto do sambódromo em que a bateria fica durante o desfile. O espaço comporta todos os ritmistas da bateria, o carro de som que traz a equipe de cordas e o time de canto. Cabines de jurados, especialmente do quesito bateria, também ficam localizadas próximas ao recuo. A bateria costuma entrar no espaço logo no começo do desfile e sair junto com as últimas alas.
É a área que fica depois da linha final do sambódromo, onde a escola encerra o desfile. É onde os carros manobram para deixarem o complexo e onde os componentes e membros da escola comemoram o fechar do portão e a conclusão do trabalho.
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