Em carta, Luxemburgo disse que houve pressão do partido para a escolha de Amastha na corrida ao Senado
Nesta sexta-feira, 5, durante convenção do PSB Tocantins, o pré-candidato ao Senado, Vanderlei Luxemburgo, foi retirado da disputa. Em seu lugar ficou o ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha. Após a decisão, que gerou confusão no diretório do partido, o Luxemburgo divulgou uma carta aberta.
O técnico de futebol relembrou quando foi chamado para compor o quadro do PSB Tocantins. “Recebi o convite para me filiar ao PSB e com a autorreforma do partido enxerguei um grupo que se preocupa com as mesmas questões que eu, e que foi capaz de olhar pra si e fazer as mudanças necessárias. Quando ingressei no partido, ouvi que eu podia “ser candidato ao que quisesse”, mas encontramos de forma coletiva o Senado como a alternativa, e como eu poderia contribuir com o partido e com o nosso estado”. Luxemburgo ressalta que sua candidatura ao Senado recebeu o aval de Carlos Amastha, que também é presidente do partido, além de Carlos Siqueira, que preside o PSB Nacional.
“Nesses seis meses de caminhada, em nenhum momento eu fui convidado pelo PSB Tocantins para discutir qualquer mudança nas chapas majoritária ou proporcional. Eu confesso a vocês que não sei em que momento a minha candidatura ao Senado começou a ser descartada. Estive em Brasília diversas vezes, com os presidentes nacional e estadual e tudo parecia certo para esse projeto que se tornou uma alternativa para a renovação da política tocantinense”, ressaltou Luxemburgo.
Em outro trecho, ele diz que quando a mudança começou a ser cogitada, não teria havido diálogo, mas sim pressão. “Durante as últimas semanas fui instigado a declinar da candidatura, mudar para deputado federal e inclusive, abrir mão do fundo eleitoral. Não fui convidado a participar dos diálogos e fui isolado pela presidência. Como complemento à postura ditatorial, vimos a mudança de delegados nas últimas horas e o impedimento do uso da fala para defender a candidatura na convenção, num processo completamente antidemocratico”, conta o político.
Luxemburgo reforça que não tem apego ao cargo de senador e que não haveria nenhum problema em ser candidato a outra vaga, como deputado federal, caso houvesse uma construção coletiva para tal. “Num primeiro momento, ao ser apunhalado pelas costas, ameacei processar o partido. Vocês sabem como é ter um sonho roubado das mãos? Mas, a essa altura, não vou atropelar a candidatura de companheiros com quem firmei compromissos e que já têm trabalho desenvolvido. Eu desejo aos companheiros do PSB o melhor: que mantenham os ideiais de trabalhar pelo povo do Tocantins”, ressaltou Luxemburgo.
O político conclui a carta afirmando que não irá concorrer a qualquer cargo nessas eleições. “Para mim é impensável permanecer aliançado com traidores. Continuarei investindo no Tocantins e trabalhando por esse estado que escolhi para viver. Saio desse processo com a certeza de que construí aliados, amigos e acima de tudo um projeto que já entrou pra história”, concluiu Luxemburgo.
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