Categories: Estado

Justiça decide que acusado de matar homem a facadas em fazenda de Porto Nacional irá a Júri Popular


O juiz Alessandro Hofmann Teixeira Mendes, da 1ª Vara Criminal de Porto Nacional, decidiu nesta quinta-feira (9/10) que Cícero Torres da Silva, de 52 anos, será julgado por um júri popular.   

Ele responde a uma ação penal pelo assassinato de Benevenuto Alves Noronha com múltiplos golpes de faca, na noite de 26 de dezembro de 2024, em uma fazenda na zona rural do distrito de Luzimangues.

Durante o processo, a defesa do réu pediu a anulação do processo ao alegar contradições na narrativa dos fatos. Em seu interrogatório, o réu negou a autoria do crime. Ele afirmou que tinha bebido com a vítima e o irmão dela, quando saiu para comprar mais bebida. Ao retornar, disse ter encontrado a casa suja de sangue e, desesperado, fugiu do local. 

Na decisão, o juiz considerou existirem indícios suficientes para levar o caso ao Tribunal do Júri, que é o responsável por julgar crimes dolosos contra a vida. A decisão se baseia, principalmente, nos depoimentos de testemunhas. Um vizinho relatou à Justiça que Cícero Silva apareceu em sua casa na noite do crime para pedir uma carona e confessou o crime. 

O juiz cita também outras testemunhas que relataram a  chegada do acusado em suas casas, agitado. Ele teria confessado o assassinato e mostrado a faca que teria usado no crime. Uma delas mencionou que Cícero já havia dito anteriormente, quando bebia, que “ia matar a vítima” por desavenças relacionadas ao trabalho que ambos exerciam em chácaras vizinhas.

Na mesma decisão, o juiz revogou a prisão preventiva do réu, recolhido desde maio deste ano, quando teve cumprido em Uruará, no Pará, o mandado de prisão expedido pela Justiça tocantinense. Ele aguardará o julgamento em liberdade com uso de tornozeleira eletrônica. 

Conforme o juiz Alessandro Hofmann Teixeira Mendes argumentou, na sentença, com o fim da primeira fase do processo, de instrução, e por se tratar de réu primário com endereço fixo, a prisão preventiva não era mais mais adequada. Além da tornozeleira eletrônica, o juiz impôs, entre as medidas cautelares, a proibição de se ausentar da comarca sem autorização judicial e a obrigação de comparecer periodicamente à Justiça para informar suas atividades.

Cabe recurso contra a decisão.



FONTE

Tribuna do Tocantins

Recent Posts

TJTO e Esmat iniciam capacitação do Projeto GAIA com foco em inteligência artificial no Judiciário tocantinense

A busca constante por inovação ganhou mais um capítulo no Tribunal de Justiça do Tocantins…

27 minutos ago

Relatora da Receita do Orçamento, senadora Dorinha deve apresentar seu parecer na próxima semana • Senadora Professora Dorinha

Relatora da receita do orçamento de 2026, a Senadora Professora Dorinha (União) deve apresentar o…

50 minutos ago

“Insistência na retirada das viaturas das prefeituras enfraquece a rede de proteção às mulheres no Tocantins” • Senadora Professora Dorinha

A senadora Professora Dorinha (União) voltou a manifestar preocupação com a decisão do Governo do…

2 horas ago

Atletas da rede municipal de Palmas se destacam na segunda etapa das Paralimpíadas Escolares | Prefeitura Municipal de Palmas

Atletas da rede municipal de Palmas se destacam na segunda etapa das Paralimpíadas Escolares Provas…

4 horas ago

Cmei Matheus Henrique em Palmas realiza Sarau 2025 e celebra criatividade e descobertas das crianças | Prefeitura Municipal de Palmas

Cmei Matheus Henrique em Palmas realiza Sarau 2025 e celebra criatividade e descobertas das crianças…

4 horas ago

4º Concerto de Música Popular da Guarda Metropolitana de Palmas emociona público no Parque do Povo | Prefeitura Municipal de Palmas

4º Concerto de Música Popular da Guarda Metropolitana de Palmas emociona público no Parque do…

6 horas ago