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NAPsi é serviço de atendimento/acolhimento do TJTO quando o assunto é saúde mental


No começo de ano é comum que se busque melhores soluções e alternativas para velhos problemas. A chegada de cada ano novo representa ainda o surgimento de novos desafios, mas também, provocações renovadas. Diante deste cenário, desta tela ou página em branco onde traçamos novas metas e objetivos, é que o mês de janeiro tornou-se uma referência, um marco para reflexão sobre saúde mental, motivo pelo qual passou a contemplar a “Campanha Janeiro Branco”, criada pelo psicólogo e, atualmente, presidente do Instituto Janeiro Branco (IJB), Leonardo Abraão. Este ano, a Campanha Janeiro Branco, iniciada em Uberlândia-MG e, hoje já com proporções internacionais, completa dez anos de criação e traz o tema “Saúde mental enquanto há tempo! O que fazer agora?”.  

O médico psiquiatra do Núcleo de Acolhimento e Acompanhamento Psicossocial (NAPsi), do Poder Judiciário do Tocantins, Wordney Camarço reforça que: “Somos naturalmente instigados pela sensação de que é necessário nos refazermos e reinventarmos praticamente todos os dias para que não corramos o risco de não sermos mais necessários e ficarmos para trás. Não podemos ‘perder o bonde’ nem ‘deixar a peteca cair’. Ser proativo e de alto rendimento é a ordem do dia. Haja saúde mental para suportar tanta pressão e cobrança! Portanto, é importante que você se cuide, pratique autocuidado: adote comportamentos que lhe propiciem sono de qualidade, uma alimentação saudável, prazer nas atividades realizadas e prática de atividades físicas regularmente pelo menos 3 vezes por semana, por exemplo”, disse.

Com isso, tem sido cada vez mais frequente e crescente o número de pessoas com adoecimentos mentais. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que no mundo cerca de um bilhão (1.000.000.000) de pessoas vivem com algum tipo de transtorno mental. E desse total, quatorze porcento (14%) são adolescentes. O Brasil é líder no mundo em prevalência de ansiedade patológica. Mais de 26% dos brasileiros já receberam diagnóstico de pelo menos um transtorno de ansiedade.

O Observatório de Segurança e Saúde do Trabalho aponta que os transtornos mentais são a terceira maior causa de afastamento do trabalho no Brasil. No Poder Judiciário do Estado do Tocantins, dados da Junta Médica indicam que as doenças mentais já ultrapassam as doenças ortopédicas e são a maior causa de afastamento no trabalho. “Para mudar esse cenário é importante que sejam repensados e modificados vários aspectos sociais, culturais e econômicos, mas também realizadas ações preventivas e de psicoeducação como prioridade, como política de governo. Para tanto, urge a necessidade de criação de mais serviços de saúde com equipes multidisciplinares adequadamente capacitadas em saúde mental, inclusive em unidades básicas de saúde e escolas de ensino infantil”, observa o psiquiatra Wordney.

A boa notícia é que o TJTO conta com o Núcleo de Acolhimento e Acompanhamento Psicossocial (NAPsi), o qual somente em 2023, percorreu as maiores comarcas do interior do Estado: Paraíso (março); Gurupi (outubro); Araguaína (novembro) e Porto Nacional (dezembro). Tais visitas objetivaram desenvolver atividades de promoção e ações preventivas, abordando com os magistrados (as) e servidores (as) temas relacionados à prevenção do suicídio, bem como alertas importantes para a necessidade do autocuidado e atenção aos sinais de adoecimento psicoemocional, especialmente o Burnout, também conhecido como Síndrome do Esgotamento Profissional.

O que é Saúde Mental?

A Organização Mundial de Saúde (OMS) esclarece essa questão ao definir saúde mental como “um estado de bem-estar mental que permite às pessoas lidar com os momentos estressantes da vida, desenvolver todas as suas habilidades, aprender e trabalhar bem, além de contribuir para a melhoria de sua comunidade”.

Além disso, existem muitos fatores individuais, sociais e estruturais que a influenciam nossa condição psíquica, tais como os psicológicos e biológicos individuais. As habilidades emocionais, a capacidade de resiliência, o uso abusivo de substâncias psicoativas e a genética são outros exemplos de fatores podem tornar as pessoas mais vulneráveis ou menos susceptíveis a certas condições mórbidas de saúde mental.

Por outro lado, os fatores de proteção aumentam a resiliência, atuando ao longo da vida do indivíduo, como as habilidades e atributos sociais e emocionais individuais, interações sociais positivas, suporte familiar adequado, educação de qualidade, trabalho decente, segurança alimentar, saneamento básico, bairros seguros, coesão social, dentre outros fatores.

Sinais de alerta

Se você começar a perceber sinais e/ou sintomas persistentes e sugestivos de adoecimento, posto que acarretem uma grande carga de sofrimento e prejuízo em diversos aspectos da sua vida, busque ajuda. Se perceber que alguém próximo está assim, ofereça ajuda e encaminhe essa pessoa para um profissional da saúde mental. Fique atento, o NAPsi alerta se para você:

  • Todos os dias são ruins;
  • Levar a vida no trabalho parece drenar toda a energia;
  • Há sensação de fadiga e exaustão a maior parte do tempo;
  • As atividades não motivam ou satisfazem, mas parecem opressivas;
  • Houver a sensação de que nada faz a diferença ou causa prazer;
  • Os sentimentos de impotência, aprisionamento, derrota, de estar deslocado e “sozinho no mundo” têm dominado a sua mente;
  • Os pensamentos negativistas predominam;
  • Houve mudança no padrão do sono ou do apetite;
  • Houve a instalação de um estado de excessiva emotividade, além de irritabilidade e/ou choro fáceis aparentemente sem motivo que o justifique.

O contato com pessoas próximas é um importante aspecto para a preservação da saúde mental. Mas, mesmo assim, em algumas situações é importante que busque um profissional de saúde mental, como um psiquiatra ou um psicólogo, para uma avaliação, acolhimento e acompanhamento do seu quadro.

NAPsi

O Tribunal de Justiça do Estado disponibiliza a magistrados e magistradas, servidores e servidoras do Poder Judiciário o suporte do NAPsi, localizado no Edifício Florença, Quadra 103 Norte, Rua NO – 07, Lote 44, Salas 2, 3 e 4 (térreo), telefones: (63) 3901-9053 ou 3901-9052. O Núcleo dispõe de um espaço próprio destinado a acolher, orientar e acompanhar pessoas que se encontram em sofrimento psíquico ou que necessitem de alguma orientação especializada.

Nele é ofertado apoio psicossocial em ambiente humanizado, onde possibilita a expressão do trabalhador por meio de intervenções individuais ou coletivas e conta com profissionais preparados nas áreas da Psicologia, do Serviço Social e da Psiquiatria, os quais podem prestar atendimento na modalidade convencional, presencial, ou à distância, por vídeo, através das plataformas Google Meet, Zoom ou outra, numa perspectiva acolhedora, breve, focal e, sobretudo resguardando o sigilo e a privacidade das pessoas assistidas e das informações fornecidas por elas.

 



FONTE

Tribuna do Tocantins

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