Em entrevista ao Morning Show, da Jovem Pan, o secretário de Segurança Pública também rebateu as acusações de que a operação no litoral paulista foi ‘desproporcional’
O secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite (PL-SP), disse que a “narrativa” de que houve tortura durante as ações da polícia no Guarujá é “uma mentira”. Derrite confirmou que ao menos 12 pessoas morreram desde o início da operação na região, mas negou acusações de excessos. As afirmações foram feitas durante entrevista ao programa Morning Show, da Jovem Pan News, nesta terça-feira, 1º. Derrite disse que muitas pessoas estão “falando besteira” e afirmou que relatórios preliminares do Instituto Médico Legal (IML) não apontam nenhum indício de tortura. Ele ainda destacou que os mortos já identificados “tinham vasta ficha” de antecedentes criminais. “Tem muita gente falando besteira sem saber o que está acontecendo no litoral. Depois que o indivíduo troca tiros com a polícia, ele vira um exemplo a ser seguido pela sociedade. Todos que foram identificados, dos 12 indivíduos, possuem vasta ficha criminal. Eu só estou desmistificando essa narrativa. […] Nossa ouvidoria em São Paulo levantou essa narrativa de que indivíduos foram torturados… mentira. O laudo do IML ainda não saiu, mas já saiu uma preliminar. Essa era uma preocupação minha. Se houvesse indícios de tortura dos indivíduos, era uma preocupação. Não estamos aqui para instituir um tribunal de exceção e executar pessoas. Estamos aqui para enfrentar o crime organizado”, afirmou Derrite.
As ações no Guarujá começaram na última sexta-feira, 28, um dia após o soldado da Rota Patrick Reis ser morto a tiros na região. Agentes foram deslocados para a cidade litorânea e começaram a realizar buscas pelo suspeito, que foi preso no domingo, 30, na Zona Sul de São Paulo. A Ouvidoria da Polícia Militar alertou para denúncias de que os mortos durante a ação teriam sido torturados. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, criticou a ação, defendendo a necessidade de uma investigação sobre o caso. O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) divulgou uma nota informando que acompanha com atenção a operação e que as denúncias sobre possível excesso dos policiais devem ser apuradas com rigor.
Em outro momento da entrevista desta terça, Derrite rebateu as acusações de que a ação dos policiais na cidade do litoral foi desproporcional, afirmando que muitos não conhecem a realidade vivida pelos policiais e que o Estado irá defender a população da maneira correta. “Essa afirmação de que parece proporcional a ação, realmente não parece proporcional por parte do crime organizado. Toda vez que o crime organizado atentar contra as forças do Estado, em São Paulo, nós vamos defender a população e encarar o crime organizado como ele tem que ser encarado. […] Esse pessoal que fala, fala sem saber o que está falando. Eles não conhecem a realidade de entrar em um morro e ser hostilizado. Toda vez que um policial entra em uma comunidade dominada pelo crime organizado, ele recebe disparos de fuzis. Quem está achando desproporcional é porque não conhece”, continuou o secretário. “O crime organizado está sem limite e a resposta vai ser dada. Nós não temos objetivo de realizar o confronto. Só que, se o criminoso estiver armado com fuzil atirando contra policiais, nós vamos reagir na proporção devida”, concluiu Derrite.
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