Categories: Política

Projeto assegura estabilidade no emprego para trabalhadores com doenças graves — Senado Notícias


O senador Romário (PL-RJ) apresentou projeto para garantir que trabalhadores com doenças graves ou que causem estigmas ou preconceitos, como a aids, não sejam dispensados arbitrariamente. A proposta (PL 1.175/2024) prevê que qualquer demissão deve ser justificada por razões disciplinares, técnicas, econômicas ou financeiras. Sem essas justificativas, a demissão será considerada discriminatória, garantindo ao empregado o direito à reintegração.

O texto tramita na Comissão de Direitos Humanos (CDH), onde o relator é o senador Eduardo Gomes (PL-TO). Posteriormente, segue para a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) em decisão terminativa, ou seja, se for aprovado nas comissões, o projeto segue diretamente para a Câmara dos Deputados, a menos que haja recurso para votação no Plenário.

A proposta altera a legislação sobre dispensa discriminatória (Lei 9.029 de 1995), que proíbe a exigência de atestado de gravidez ou esterilização e outras práticas semelhantes, no ambiente de trabalho, com base no sexo, origem, cor, estado civil, deficiência e idade, para incluir pessoas com doenças graves ou que suscitem estigma ou preconceito. 

“Esses empregados são mais suscetíveis a serem dispensados pelas empresas, já que não há qualquer violação a preceitos constitucionais, no estabelecimento de tratamento diferenciado para esses profissionais, que terão maiores dificuldades em conseguir vagas no mercado de trabalho, caso sejam dispensados após o diagnóstico da doença” ressalta Romário. 

O senador justifica que não existe na legislação uma disposição específica que assegure o emprego de pessoas acometidas por câncer e destaca a Súmula nº 443 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que presume a natureza discriminatória da demissão de empregados portadores do HIV ou com outras doenças graves. Essa súmula garante ao trabalhador o direito de ser reintegrado caso a demissão seja considerada inválida. 

“A proposição evita o tratamento discriminatório sem retirar o poder diretivo do empregador, assegurando a possibilidade de dispensa dos trabalhadores, nos casos devidamente justificados, além de garantir segurança jurídica, evitando que tais questões estejam reguladas apenas por decisões da Justiça do Trabalho”, explica.

Camily Oliveira, sob supervisão de Patrícia Oliveira

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)



FONTE

Tribuna do Tocantins

Recent Posts

Senado aprova criação de prêmio para mulheres empreendedoras — Senado Notícias

O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (17) o projeto de resolução que institui, no…

4 horas ago

Rejeitada urgência para votação de projeto que libera cassinos no Brasil — Senado Notícias

Por 36 votos a 28, o Plenário rejeitou nesta quarta-feira (17) requerimento de urgência para…

5 horas ago

Prefeitura de Palmas reúne conselhos de classe para debater procedimentos para aprovação de projetos arquitetônicos em condomínios | Prefeitura Municipal de Palmas

Prefeitura de Palmas reúne conselhos de classe para debater procedimentos para aprovação de projetos arquitetônicos…

9 horas ago

Senado aprova incentivos à formação de professores para educação básica — Senado Notícias

Incentivos à formação de professores para a educação básica foram aprovados pelo Senado nesta quarta-feira (17). Eles…

9 horas ago

Prefeitura de Palmas finaliza licitações do Centro de Parto Normal e de Policlínica na região sul da Capital | Prefeitura Municipal de Palmas

Prefeitura de Palmas finaliza licitações do Centro de Parto Normal e de Policlínica na região…

10 horas ago

TJTO e Governo do Tocantins firmam cooperação para fortalecer política de atenção à pessoa egressa do sistema prisional

O Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins (TJTO) e o Governo do Estado, por…

10 horas ago