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Vice-presidente dos metroviários rebate Tarcísio, repudia privatização e faz apelo por mais investimentos e tarifa reduzida


Representante do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Narciso Soares, defendeu que os serviços essenciais deveriam continuar estatais em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News

Reprodução/Jovem Pan News
Vice-presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Narciso Soares, falou sobre o movimento em entrevista ao Jornal da Manhã

Após o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) se pronunciar contrário à greve unificada do Metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp (Companhia Paulista de Saneamento Básico do Estado de São Paulo)  o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, entrevistou o vice-presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Narciso Soares, que repudiou os processos de privatização promovidos pela gestão estadual: “Estamos fazendo essa greve por causa da privatização que está se ameaçando do Metrô, da CPTM e da Sabesp, é uma greve unificada. E a gente tem a comprovação disso. Foram privatizadas as Linhas 8 e 9, que eram da CPTM, e em um ano aumentou em dez vezes o número de falhas lá, inclusive com falhas muito graves prejudicando muito a população. Assim como onde se privatizou a água aumentou a tarifa em vários países do mundo. Se privatizou a água e, pela péssima qualidade do serviço, se reestatizou, como agora em Portugal, onde baixou a tarifa em 60% ao reestatizar. Os serviços essenciais deveriam continuar sendo estatais, ter mais investimentos e tarifa reduzida”.

O sindicalista também rebateu as afirmações do governador, que acusou o movimento de ter motivações políticas não relacionadas ao transporte e saneamento: “Na nossa categoria tem gente que votou em diversos candidatos e de diversos partidos. Quem vota a greve não é um dirigente, ou outro, quem votou a greve é a base das categorias. Na nossa própria categoria tem gente que votou nele, no adversário ou em nenhum dos dois. O que a gente está discutindo é a privatização. Esse é o tema político que tem”. O representante dos metroviários também não descartou o fim da paralisação de 24h antes do previsto: “Se o governador topar negociar e suspender as privatizações, topar ouvir a população em um plebiscito oficial, a gente tem a disposição de discutir. A gente tem uma pauta. Se essa pauta for negociada ou atendida a gente pode discutir e chamar uma assembleia emergencial de todos os sindicatos, caso tenha isso. Mas, até agora, o governador não procurou a gente ou fez qualquer menção de aceitar ouvir a população”.

As categorias são contra a privatização das três empresas públicas por parte do governo estadual e afirmam que transferir as operações ao setor privado vai piorar a qualidade do serviço. Além disso, os servidores cobram a realização de um plebiscito oficial envolvendo toda a população do Estado para consultar sobre as concessões, como destacou Narciso Soares: “A população tem que decidir se o transporte e o saneamento básico vão ser públicos, a serviço da população, ou se vão ser privados, o que na nossa opinião é a serviço dos grandes empresários. Quem tem que decidir não pode ser o governo junto com uma meia dúzia de empresários que andam de helicóptero e tomam água mineral de R$ 100. Tem que ser quem usa o transporte e usa o saneamento básico”. Sobre os transtornos causados pela greve, o sindicalista relata que a população já passa por problemas no transporte cotidianamente e entende as causas do movimento.

“A greve está bastante forte. O transporte na cidade de São Paulo já é um caos sem ter greve. Todo dia de manhã dão notícias do caos que a população sofre com o transporte (…) A greve tem a ver com isso, não deixar que a população passe por mais sufoco no transporte público todos os dias. Com a privatização das linhas aumenta o sufoco diário da população (…) A população entende que é um dia, sim, de mais transtornos, mas que tem a ver com uma luta que é benéfica para ela”, argumentou. Confira a entrevista completa no vídeo abaixo.

De acordo com o site do Metrô, que atualiza a situação das linhas nas primeiras horas desta terça, a paralisação afeta as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata. Por outro lado, as linhas 4-Amarela e 5-Lilás operam normalmente. Já na CPTM as linhas paralisadas são: 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, conforme aponta a última atualização da companhia, feita às 5 horas. Duas linhas da CPTM operam parcialmente. A linha 11 – Coral funciona apenas entre as estações Luz e Guaianases. Na Linha 7-Rubi, a circulação dos trens vai de Caieiras até Luz. As linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, operadas pela Via Mobilidade, funcionam normalmente.





FONTE

Tribuna do Tocantins

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