Dois adolescentes suspeitos de cometerem violência sexual no Discord são apreendidos no RJ


Jovens eram xingadas, humilhadas e induzidas a automutilação, um dos adolescente, de 17 anos, é apontado como um dos líderes do grupo que agem na plataforma

Reprodução/UnsplashGrupo agia pela plataforma Discord
Crimes eram cometidos pelo Discord

Dois jovens foram apreendidos pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, nesta terça-feira, 27. Ambos são suspeitos de cometerem violência sexual e induzir meninas a automutilação e suicídio pelo Discord. As apreensões ocorrem no âmbito da “Operação Dark Room” (Quarto Escuro). A ação ocorreu na capital fluminense e em Volta Redonda. Um dos adolescentes, de 17 anos, é apontado pelas investigações como um dos principais líderes de um dos grupos que agem na plataforma. Aparelhos eletrônicos dos suspeitos fora apreendidos. Segundo a polícia, as investigações começaram em março deste ano, após compartilhamento de dados de inteligência com a Polícia Federal e polícias civis de diversos estados do país. Durante a investigação, os policiais constataram que os crimes eram cometidos por mensagens de texto, voz e chamadas de vídeo. As vítimas são de várias regiões do país. Entre os crimes investigados, estão: atos de violência contra animais e adolescentes, pedofilia, zoofilia e apologia ao racismo e nazismo. De acordo com a corporação, os agentes tiveram acesso a vídeos em que animais eram mutilados e sacrificados com parte de desafios determinados pelos administradores como condição para membros obterem cargos, que possibilitava em permissões e acesso a funções dentro do grupo. A maioria das ações era transmitida em chamadas de vídeos para os integrantes.

Ainda segundo a polícia, meninas eram chantageadas e constrangidas a se tornarem “escravas sexuais” dos líderes, que cometiam “estupros virtuais”. As jovens eram xingadas, humilhadas e induzidas a automutilação. Elas eram escolhidas na própria plataforma, através de perfis abertos nas redes sociais ou por indicações de membros do grupo. Os suspeitos tinham acesso aos dados pessoais das vítimas e passavam a chantageá-las, dizendo que tinham fotos comprometedoras e seriam divulgadas ou enviadas aos pais das vítimas. Os adolescentes poderão responder pelos crimes de  associação criminosa; induzimento, instigação ou auxílio a suicídio; e estupro. A identidades dos jovens suspeitos foi preservada.

 





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