Judiciário participa de movimento contra o feminicídio em Palmas
Palmas integrou a mobilização nacional Levante Mulheres Vivas na tarde de domingo (07/12), com manifestação realizada na Feira do Bosque. O Poder Judiciário participou da ação por meio da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça (Cevid).
Reunindo mulheres, coletivos e apoiadores da campanha contra a violência de gênero, a mobilização alertou para a epidemia de feminicídios no Brasil, lembrando que a violência contra a mulher permanece como uma das mais graves violações de direitos humanos no país.
“A mobilização dirigiu um chamado direto aos homens, conclamando-os a reagir diante persistência da violência masculina contra as mulheres, uma nódoa social inadmissível, que exige responsabilização, mudança de comportamento e compromisso coletivo”, destacou a juíza coordenadora da Cevid, Cirlene Maria de Assis.
Evidenciando o papel estratégico desempenhado pelo Judiciário tocantinense no enfrentamento à violência contra a mulher em todo o Estado, a presença da Cevid na mobilização reforça a atuação contínua do TJTO na prevenção e repressão da violência doméstica e familiar, “fortalecendo a articulação da rede de proteção, promovendo ações educativas e contribuindo para a celeridade da tramitação dos processos”.
Em 2025, o Judiciário do Tocantins superou a meta nacional de julgamento de feminicídios, cumprindo 101,5% da Meta 8, Feminicídio para o 1º grau.
Números
Em todo o país, conforme levantamento do Ministério da Justiça e Segurança Pública, foram registrados 1.459 feminicídios em 2024, o maior número desde 2020, o que representa uma média de quatro mulheres assassinadas por dia no país.
No âmbito estadual, os dados mais recentes apontam que, até meados de 2025, foram registrados cerca de 60 feminicídios no Tocantins.
Já em relação às denúncias registradas no Ligue 180, o número de atendimentos e denúncias vem crescendo.
Aumento de 18,26% de 2023 para 2024, com 4.353 ligações atendidas. Deste total, 630 foram denúncias, o que representa um aumento de 14,7%. “Isso demonstra que muitas mulheres buscam apoio, e que a rede de proteção judicial, policial, social, precisa estar pronta para acolher e agir”, complementou a juíza coordenadora da Cevid.



Comentários estão fechados.