Com seis pessoas ainda desaparecidas, administração pública mantém operações de busca e resgate, mas tenta agilizar ações para abrigar as mais de 4 mil pessoas que ficaram sem suas casas, além de abrir linhas de crédito especiais para empresas
A maior precipitação de chuva já registrada no Brasil, com mais de 700 milímetros, completa uma semana neste domingo, 26, deixando ao menos 59 mortos e mais de 4 mil pessoas sem suas casas no litoral norte de São Paulo. Até o momento, seis pessoas continuam desaparecidas. Na noite deste sábado, 25, o governo do Estado anunciou a criação de uma gerência estadual para acompanhar de perto os trabalhos de reconstrução em São Sebastião, município mais impactado pelas enchentes e pelos deslizamentos, concentrando 58 mortos do total. Mesmo dando continuidade aos trabalhos de busca e resgate, a administração pública entra em novo momento das operações, passando a focar na retomada social e econômica das cidades afetadas pela tragédia. O plano é abrigar rapidamente as pessoas, utilizando vagas da rede hoteleira local e uma vila de passagem antes de as moradias serem efetivamente construídas em terrenos seguros, que devem ser desapropriados pelo poder público. Com a população, o governo espera liberar as sete escolas atualmente usadas como abrigos para retomada das aulas até o dia 6 de março. A gestão estadual também deve conceder diversas linhas de crédito para empresas, liberando R$ 513 milhões para a região.
Nesta semana, em entrevista exclusiva à Jovem Pan, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (PRB), defendeu ser o momento de olhar para o futuro e dar respostas rápidas à população vitimada. “Agora a gente entra em uma nova fase. Temos uma operação em andamento de suporte às vítimas. Mas, a gente tem que começar a pensar no futuro. Porque essas pessoas que estão desabrigadas e desalojadas querem saber o que vai acontecer. Elas querem uma resposta do governo. As escolas que estão servindo de abrigo vão ter que voltar às aulas. Então, anunciamos uma série de medidas. Por exemplo, o governo vai liberar R$ 513 milhões em crédito parca a região do litoral norte. Serão R$ 283 milhões de crédito para os municípios, vamos liberar R$ 200 milhões de crédito para as empresas da região e R$ 30 milhões para pequenos empreendedores e informais, aquelas pessoas que tinham seu comércio, seu freezer, sua geladeira, fogão, computador, mas acabaram perdendo tudo. Esse crédito para o pequeno empreendedor e para o informal vai ser com taxa zero, 180 dias de carência e 48 meses para pagamento”, explicou. O governador volta a despachar de seu gabinete oficial, no Palácio dos Bandeirantes, a partir desta segunda, 27. Ele havia transferido o gabinete para São Sebastião nesta semana que passou para tentar dar celeridades aos processos.
Com foco na população desabrigada ou desalojada, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou neste sábado que o governo federal estuda utilizar, por meio da Caixa Econômica Federal, uma parte de moradias do programa Entidades, em Bertioga, para abrigar pessoas de maneira emergencial. “Esses 1.500 apartamentos é Minha Casa, Minha Vida, com Casa Paulista, ainda até do governo anterior, até do nosso tempo de governador, e de um programa chamado Entidades, designado para famílias de Bertioga. Mas, talvez, nós vamos verificar com a Caixa Econômica Federal e com a prefeitura, uma parte pequena, é claro, mas uma parte possa ser liberada. Então isso nós vamos verificar. Mas o programa Entidades é feito para uma população específica. Vamos ver se a gente tem alguma possibilidade de uma parte disso poder atender por emergência. Depois, é claro, vai ter que construir as unidades habitacionais”, afirmou o vice-presidente.
Ainda assim, tanto o governo do Estado quando a Defesa Civil, a prefeitura de São Sebastião, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros pedem que a população não residente do litoral norte e turistas evitem viajar para a região neste final de semana, mesmo com o tempo ensolarado e vários trechos de rodovias já desbloqueadas. As autoridades alegam que um aumento de pessoas na região pode atrapalhar o trabalho da força-tarefa multidisciplinar que atua com maquinários para desobstrução de territórios e também nas ações de buscas e resgate. Além disso, a elevação do número de pessoas no litoral pode pressionar ainda mais os serviços locais, como os de saúde, por exemplo. A prefeitura de São Sebastião, especificamente, defende que o momento pede empatia com os familiares das vítimas fatais e a região.
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