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Chefe do PCC preso é suspeito de fundar sete igrejas com dinheiro do tráfico, diz MP


Investigação aponta que o grupo lavava dinheiro com compra de imóveis, fazendas, rebanho bovino, automóveis, abertura de mercados e teria movimentado mais de R$ 23 milhões

MPRN/Divulgação
Polícia cumpriu mandados de busca e apreensão em igrejas nesta terça-feira

Um dos líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) é investigado pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MP-RN) por abrir sete igrejas com dinheiro do tráfico de drogas. Valdeci Alves dos Santos, conhecido como “Colorido”, é suspeito de liderar um esquema de lavagem de dinheiro com integrantes da facção. A Operação Plata aponta que o grupo lavava dinheiro com compra de imóveis, fazendas, rebanho bovino, automóveis , abertura de mercados e fundação de igrejas evangélicas. A suspeita é de que o grupo tenha lavado mais R$ 23 milhões. Nesta terça-feira, 14, foram sete mandados de prisão cumpridos e outros 43 de busca e apreensão nos seguintes Estados: Rio Grande do Norte, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Bahia, Ceará e Paraíba, e ainda no Distrito Federal. Segundo o MP-RN, Colorido é apontado como o segundo maior chefe da facção e tem como aliado o irmão Geraldo dos Santos Filho, conhecido por pastor Júnior. Ele já estava preso na Penitenciária Federal de Brasília, onde foi cumprido um novo mandado de prisão. Os irmãos teriam ocultado e dissimulados a origem criminosa do dinheiro provenientes do tráfico através de “laranjas” recrutados de várias regiões do país. Os bens eram adquiridos em nome desses laranjas, formado por irmãos, filhos, cunhados e sobrinhos. Os irmão e outras 22 pessoas são investigados. A Justiça ainda determinou o bloqueio e indisponibilidade de bens de R$ 23.417.243,37 de contas bancárias dos suspeitos.

O esquema existe há duas décadas, de acordo com o órgão, e também conta com a participação de irmãos, filhos, sobrinhos e amigos da família. Geraldo teria construído um patrimônio de R$ 6.189.579,42, valor que segundo o MP-RN são incompatíveis com os rendimentos laborais declarados. Sua mulher também foi presa nesta terça-feira. Em 2019, Geraldo Filho foi detido por usar um documento falso em nome de José Eduardo Medeiros de Moura. Ele e sua esposa teriam uma empresa jurídica para a lavagem de dinheiro. A suspeita é de que o casal, através de um esquema de “laranjas”, abriu ao menos sete igrejas no Rio Grande do Norte e em São Paulo. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em algumas dessas igrejas. Agora, o MP-RN irá analisar o material recolhido para investigar se existem mais pessoas envolvidas no esquema. Geraldo, sua mulher e outras três pessoas presas nesta terça-feira foram encaminhados ao sistema carcerário potiguar. O MP-RN solicitou ainda a retenção do passaporte de um dos filhos de Valdeci e pediu ainda que outras oito pessoas sejam monitoradas por meio de tornozeleira eletrônica. A ação contou com o apoio da Polícia Militar (RN) e dos Ministérios Públicos de cada Estado onde houve a ação, além do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).





FONTE

Tribuna do Tocantins

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