Em 2022, Bombeiros do Tocantins já capturaram 1.046 animais silvestres

De gatos no telhado da casa a veado escondido em vaga de garagem em condomínio. Deu de tudo nas ocorrências de natureza Captura/Resgate de Animais, realizadas pelos bombeiros militares nas unidades da corporação no Tocantins. E, em todas as cidades onde houve o chamado, era comum o trabalho envolver animais silvestres, como a famosa mucura, conhecida ainda como gambá, cobras, jacarés e jaguatirica também deram as caras, buscando abrigo em alguma residência.

Só neste ano, até o dia 08 de novembro, terça-feira, o CBMTO já havia confirmado 1.046 atendimentos de Captura/Resgate de Animais. São 40 registros a mais feitos em 2021, quando a corporação fechou o período com 1.006 ocorrências, sendo que entre estes, 386 chamados eram para captura de enxames de abelhas.

O major Antônio Luiz Soares da Silva, comandante do 1º Batalhão de Bombeiros Militares, sediado em Palmas, relatou que os moradores devem estar atentos e ter certos cuidados quando perceberem a presença de algum bicho estranho na residência. 

“O ideal é não aproximar de forma inadequada, pois cada animal pode apresentar comportamento diferente, o que exige uma técnica de manuseio apropriada. Não perder o animal do campo visual, facilitando assim a localização para o momento da captura por uma equipe especializada. Caso o animal seja uma cobra, a princípio é preciso considerar todas peçonhentas, ou seja, com grande poder de ataque e veneno mortal”, pontuou, Soares.

Este ano, o mês de maio foi o que mais gerou capturas de animais, com um total de 143 ocorrências. Dia 31, por exemplo, fechando o mês, os bombeiros militares do 3º Batalhão, em Gurupi, foram chamados para a retirada de três cavalos que atrapalhavam no meio da rua, gerando risco de acidentes de trânsito, na Rua Antônio Nunes da Silva, nas proximidades da Faculdade Unirg.

Na sede do 2º Batalhão de Bombeiros Militares, em Araguaína, no dia 30 de maio, o chamado envolveu o resgate de um gato. O animal tinha caído em um bueiro havia três dias. Os militares tiveram que usar equipamentos específicos para remover a tampa de ferro e alcançar o bichano, que em seguida foi devolvido aos donos.

Em janeiro foram 106 atendimentos, março 110, abril 136, agosto 84 e outubro 109. Gurupi foi a cidade com maior número de ocorrências registradas: 273 no total. Seguida por Palmas, com 239 e Araguaína, 146.

Foto: Divulgação/CBMTO

Cuidados

“É importante que mantenha distância do animal fora de seu habitat. As crianças, idosos ou pessoas com dificuldade de locomoção ainda precisam redobrar os cuidados”, destacou o comandante do 1º BBM, que orienta à população acionar o Corpo de Bombeiros Militar sempre que um animal silvestre for avistado dentro de casa ou no quintal. “É essencial para a segurança da pessoa e do próprio animal. Com instrumentos e técnicas apropriados, as equipes atuarão objetivando reduzir os riscos”, frisou.

Em 2021, os atendimentos somaram 1.006. Novembro e dezembro foram os meses que mais tiveram atendimentos e empataram na quantidade: 141 cada. Depois vieram: outubro, 135; setembro, 132; agosto, 117; janeiro, 124 e maio 123.

A Capital foi a que mais teve atendimentos: 345. Em seguida veio Araguaína, 302 e Gurupi com 292.

Além do CBMTO, Instituições como Guarda Metropolitana de Palmas e Polícia Militar Ambiental também atuam na captura de animais, que são devolvidos aos proprietários, e, no caso de animais silvestres saudáveis, são devolvidos ao habitat natural. Quando há algum que não apresenta boas condições de saúde e exigem cuidados específicos, esses animais são conduzidos para os seguintes destinos: Hospital Universitário da ULBRA, ONG’s ou Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).

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