Feira Ecosolidária valoriza mulheres, fortalece renda e estimula consumo responsável


“A Feira Ecosolidária fomenta o comércio local e incentiva mulheres empreendedoras. São iniciativas assim que precisamos para mudar a nossa sociedade”, destacou a desembargadora Angela Haonat, ao visitar a 4ª edição do evento, realizado, na tarde desta quinta-feira (2/10), no Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO).

A presidente da Comissão Gestora do Plano de Logística Sustentável e responsável pelo projeto, desembargadora Ângela Prudente, também esteve na feira e enfatizou a importância desse trabalho.

“Estamos no terceiro ano, convidamos artesãs e produtores naturais para participarem. É uma forma de disseminar a cultura da sustentabilidade e fomentar a economia dessas pessoas, que muitas vezes não são reconhecidas pelo trabalho artesanal que realizam”.

O hall do TJTO se transformou em um espaço de convivência e sustentabilidade, com cerca de 30 expositores(as) com produtos como livros, biojoias, tapetes, capas de almofadas, peças em capim dourado, perfumaria, produtos medicinais, comidas saudáveis, plantas e brinquedos artesanais.

Consumo consciente

Quem conheceu a feira nesta edição ficou encantado. “É a primeira vez que eu estou vindo e estou amando. Tem propostas muito sustentáveis e artesanais. Aproveitei meu horário de almoço para prestigiar, levar presentes e ainda ajudar a movimentar essa cadeia sustentável”, afirmou a promotora de eventos Marliana Amaro Silva Bezerra.

Até mesmo os olhares mais jovens se voltaram para a proposta da Feira. Ivy Barbosa Matuoca, de apenas 11 anos, veio com o pai, e contou que pensou logo em presentear. “Até agora a gente comprou um presente pro meu primo que vai nascer ano que vem”, revelou.

Servidores(as) também reforçaram a importância da iniciativa. Para Lauane Alves Caetano, “é excelente essa feirinha, a gente tem a oportunidade incrível de adquirir arte, de ajudar essas mulheres empreendedoras que tenham seu dinheiro que sejam valorizadas”.

Artesanato com história e afeto

O brilho nos olhos das artesãs revelava o valor da iniciativa. Aliete Lemos Penno, que há dez anos confecciona sapatinhos, laços e tiaras, contou que o trabalho nasceu de um gesto familiar e virou paixão. “Comecei fazendo o enxoval da minha neta, depois vieram os pedidos e me apaixonei. Hoje não consigo parar. Essa feira é uma oportunidade boa, sempre organizada, que me ajuda a mostrar meu trabalho e ainda reencontrar clientes fiéis”, relatou.

A artesã Roberta Teixeira Bernardi compartilhou como encontrou novos caminhos ao participar da feira. “Eu comecei vendendo doces terceirizados, mas muitos clientes me pediam algo sem açúcar. Então resolvi pegar receitas de mãe e tia e fazer bolinhos sem açúcar. Tomei tanto gosto que virou uma satisfação enorme. Hoje eu vivo da minha produção e é maravilhoso ver a reação das pessoas”, contou, acrescentando que já participou de mais de cinco edições.

Já para Dayane Nery, o espaço significa visibilidade. “Às vezes a gente tem dificuldade de encontrar clientes. Aqui conseguimos divulgar, vender e mostrar que o artesanato também é sustentabilidade”, destacou.

Crescimento e rede de apoio

Para a coordenadora de Gestão Socioambiental e de Responsabilidade Social (Cogersa/TJTO), Luciene Dantas, o evento vai além da exposição de produtos de sustentabilidade. “É uma oportunidade para que artesãs exponham seus trabalhos e também para que nós, servidores, possamos prestigiar. Muitas delas são mães solos, aposentadas ou mulheres que precisam desse incentivo. Só a troca de conhecimento e afeto já é um estímulo para que sigam firmes”, explicou. E acrescentou que todas as feiras têm novidades.

Promovida pela Cogersa/TJTO, a Feira Ecosolidária fortalece a economia circular, valoriza pequenos produtores e estimula escolhas conscientes que geram impacto positivo: renda, inclusão e preservação ambiental. O projeto está alinhado à Resolução CNJ nº 400/2021 e às diretrizes da Agenda 2030 da ONU, reforçando o compromisso do Judiciário tocantinense com a sustentabilidade.



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