Gestos de Irajá dizem que ele será candidato ao Governo
Ações e argumentos dizem muito na política. Geralmente explicam mais do que as próprias palavras não falam com clareza. O senador Irajá Abreu (PSD) não confirmou que é candidato ao Governo do Estado, ainda, mas suas atitudes. Primeiro, quando marcou a convenção para a cidade de Lavandeira, um dos menores municípios do Estado, contrariando a tradição de fazer o evento na Capital. A justificativa é boa para um pré-candidato ao Governo. Lavandeira deu a Irajá o maior percentual de votos válidos do Estado.
Depois, durante a reunião com os pré-candidatos do PSD, Irajá disse que: “Jogadores reservas podem entrar se o time não estiver ganhando o campeonato”. Uma “indireta” em que ele sugere que o deputado federal Osires Damaso, o pré-candidato ao Governo que Irajá havia escolhido apoiar, seja o titular e que ele (Irajá) seja o reserva que deve entrar.
Ontem mesmo Damaso respondeu Irajá na mesma moeda, com “indiretas”, dizendo que só Deus para tirá-lo dessa disputa e completou: “Minha palavra vale muito e vou honrá-la, sempre”. Para bom entendedor, Damaso mandou o recado ao agora ex-aliado Irajá, que havia dado a palavra de que o apoiaria para o Governo e que agora estaria desfazendo esse acordo porque “o time titular” não estaria ganhando o campeonato.
Portanto, diante de todos os gestos e argumentos usados por Irajá e respondidos por Damaso fica claro que os dois não caminham mais juntos, que Damaso manterá sua candidatura por ser um homem de palavra e que Irajá será candidato, porque se considera um reserva de luxo num time em que os titulares não estão fazendo um bom jogo.
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