Liduína, Creuselina e as lições sobre como ganhar com o negócio do plástico, das latinhas, dos eletrodomésticos
Liduína e Creuselina estão a um bom tempo na lida com plástico, papelão, garrafas pet, latinhas, plástico duro e mole, para-choque e ainda com outros produtos menos conhecidos quando o assunto é reciclagem de resíduos sólidos.
Sabem na ponta da língua o que são e pra que servem o PVC, eletrodomésticos inservíveis, ar-condicionado, computador, celular inservível e o quanto podem arrecadar com eles sem impactar em nada o meio ambiente, ao contrário, ajudam a protegê-lo.
Nesta sexta-feira (30), elas foram as primeiras a chegar à barraca montada no estacionamento do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO). Maria Liduina Ferreira da Silva, presidente da Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Palmas (Ascamares), veio meio preocupada com as contas da entidade.
Economia reciclável
“Arrecadação agora somente para pagar os gastos (água, energia, aluguel e manutenção, (almoço, merenda). Somos associados, mas até agora não deu pra distribuir os ganhos entre nós porque está difícil suprir os gastos da associação, pois o valor dos produtos recicláveis baixou muito”.
A preocupação com o caixa não diminuiu o otimismo de Liduina que, sentada ao lado da companheira, mostrou uma série de sacos grandes de plástico conhecidos como bags – usados para facilitar a separação dos resíduos recicláveis, tornando o processo mais organizado e eficiente.
Caminhões lotados
“Espero que neste ano seja do mesmo jeito do ano passado, quando os caminhões saíram lotados de produtos direto para a (Ascamares)”, revelando também que, além das associações delas, há a uma parceria com o Instituto Natura Vida (INA) que realiza, entre outras ações, realiza processo de logística, manufatura reversa e destinação de resíduos para pessoas, empresas, indústrias e governo em todo território nacional.
O bom mesmo é que, quando sai o dinheiro da venda, todo mundo da Ascamares recebe em partes iguais. “Se eu receber R$ 100, todos também recebem R$ 100, ressalta Liduina, com o aval de Creuselina, que segue o mesmo rito da Cooperativa de Recicláveis do Tocantins (Cooperam) presidida por ela.
Com negócios de resíduos recicláveis fora do Estado, Creuselina dá dicas sobre a divisão da arrecadação da entidade. “Resgato tudo, reciclo, separo e vendo para outras cidades, como Goiânia”, ensina.
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