Maria nas Comunidades abre agenda de 2025 levando conscientização sobre Lei Maria da Penha a alunos de Taquaruçu Grande
A abertura da agenda de rodas de conversa do projeto Maria nas Comunidades em 2025 foi marcada por um encontro interativo com cerca de 120 alunos do 5º ao 9º ano, na Escola de Tempo Integral (ETI) Agroecológica Professor Fidêncio Bogo, em Taquaruçu Grande, zona rural de Palmas. A iniciativa, promovida pela Ouvidoria da Mulher do Poder Judiciário do Tocantins, aconteceu nesta sexta-feira (21/3), proporcionando um espaço de diálogo e aprendizado sobre a Lei Maria da Penha.
“Alcançamos nossa expectativa porque viemos conversar sobre a Lei Maria da Penha e teve uma interação muito boa, com muitas perguntas e falas dos alunos e isso é bom que eles vão multiplicando. Foi bem proveitoso”, considerou a coordenadora da Ouvidoria da Mulher do TJTO, Alessandra Adorno.
No Mês da Mulher, o projeto reforça seu compromisso com a conscientização e o combate à violência de gênero, ampliando o conhecimento sobre a Lei. A ação contou com o apoio da psicopedagoga Leila Maria Lopes da Silva, do Núcleo Maria da Penha do Ministério Público Estadual (MPETO), e da diretora-tesoureira da Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJ), Delícia Feitosa Sudbrack.
“Às vezes, muitas mulheres têm medo de denunciar a violência doméstica por receio de serem ameaçadas e até mesmo mortas por seus companheiros”, disse a aluna Ana Beatriz Rufatto, 14 anos, do 9° Ano, após explanação.
A palestrante Delícia Feitosa destacou a importância da denúncia e do apoio oferecido às vítimas. “Nosso papel é combater qualquer tipo de violência contra a mulher e também acolhê-la. Violência deve ser denunciada e combatida”, pontuou.
O projeto é desenvolvido em parceria com diversas instituições, como a Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid), a Defensoria Pública, o Ministério Público, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-TO) e a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Tocantins (OAB-TO), entre outras.
Lei Maria da Penha
“Quem já ouviu falar em Maria da Penha?” A partir deste questionamento a palestrante Leila Silva abriu a dinâmica com os alunos explicando que a lei recebeu este nome em homenagem a uma mulher que lutou por anos por justiça. A farmacêutica Maria da Penha sofria violência doméstica e foi vítima de duas tentativas de feminícidio pelo seu companheiro.
Na sequência, além de aprenderem a história da Maria da Penha, os alunos tiveram a oportunidade de conhecer os diferentes tipos de violência: física, psicológica, moral, patrimonial e sexual.
“Crianças e adolescentes aprendem pelo exemplo. Trabalhamos com prevenção e a partir do momento que vocês conhecerem cada vez sobre violência doméstica, poderão ajudar as pessoas e serão guardiões da Lei Maria da Penha”, finalizou Delícia Feitosa.
Denúncia
Durante a conversa, a aluna Mellyssa Sibele, 11 anos, do 6º Ano, compartilhou um método seguro para denunciar casos de violência doméstica: “Eu sei que tem mulheres que sofrem nas mãos de alguns homens. E quando um homem bate em uma mulher, e ela tá lá toda sofrida e machucada, tem que ligar pra polícia. Pra fingir e o homem não descobrir que a mulher tá ligando pra polícia, ela tem ligar pro 190 e dizer que tá ligando pra pizzaria e informar o endereço, ponto de referência, cor da casa e pedir agilidade no atendimento”, sugeriu a estudante.
Além do 190, casos de violência doméstica e familiar podem ser denunciados pelo Ligue 180 e pelo canal da Ouvidoria da Mulher pelo 0800.6444.334 ou e-mail:
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