Organização de mulheres diplomatas que apoiou Lula nas eleições cobra governo por equidade de gênero


Dos 47 nomeados pelo presidente da República para representação no exterior, apenas seis não são homens

Ricardo Stuckert/PR/DivulgaçãoPresidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante posse de Mauro Vieira como Ministro de Estado das Relações Exteriores.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumprimenta Mauro Vieira durante a posse do ministro nas Relações Exteriores.

A Associação das Mulheres Diplomatas Brasileiras (AMDB) publicou manifesto criticando a atual gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) devido à baixa participação de mulheres em cargos de representação do Brasil em outros países. O grupo apoiou Lula durante as eleições de 2022. De acordo com o manifesto, a motivação para tornar pública a insatisfação com o atual presidente se deve a uma série de nomeações de embaixadores homens para cargos no exterior. Neste ano, Lula nomeou 47 diplomatas, dos quais apenas seis (pouco mais de 10%) são mulheres. Na quarta-feira, 21, Lula nomeou mais quatro homens para representações, contrariando as expectativas do grupo.

“As nomeações feitas pela atual gestão traduzem nítido descompasso entre palavras e ações”, diz o trecho do manifesto, que destacou ainda, o “compromisso com a diversidade” de gênero assumido pelo chanceler Mauro Vieira ao tomar posse. As diplomatas afirmam que “as mulheres seguem aguardando medidas que revelem efetivo compromisso com a promoção da equidade de gênero e, sobretudo, respeito ao profissionalismo e à dedicação das mulheres na carreira diplomática brasileira”.





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