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Diante de casos e vivências rotineiras de racismo e como evento alusivo ao Dia da Consciência Negra, celebrado na última segunda-feira, 20, o Centro de Apoio Operacional do Consumidor, da Cidadania, dos Direitos Humanos e da Mulher (Caoccid) do Ministério Público do Tocantins (MPTO) realizou nesta terça-feira, 21,uma roda de conversa sobre igualdade racial.

Com a temática “A atuação do Estado na promoção da igualdade racial”, representantes do movimento negro, de comunidades quilombolas, servidores, estudantes e outras pessoas interessadas no assunto debateram as experiências vividas com o racismo, bem como relataram a necessidade de mais atividades com essa abordagem.

Para a coordenadora do Caoccid, promotora de Justiça Isabelle Figueiredo, o evento foi um passo pequeno diante de tantas dificuldades enfrentadas por pessoas negras. Segundo ela, o debate sobre o racismo não pode ter barreiras, devendo ser contínuo nos órgãos, a fim de despertar nos integrantes dessas instituições ações antirracistas. A idealizadora do evento ressaltou ainda a necessidade do letramento racial da população, a fim de conscientizar sobre o racismo, e assim, evitá-lo.

O debate contou com a participação da jornalista e especialista em Comunicação Étnico-Racial, Maju Cotrim, que durante sua fala citou que a desconstrução do racismo só ocorre por meio do reconhecimento. A jornalista sugeriu que as instituições públicas formulem planos para o debate rotineiro sobre o tema e a execução de políticas públicas antirracistas.

A presidente da Associação da Comunidade Quilombola Rio Preto, localizada em Lagoa do Tocantins, Rita Lopes, também integrou a roda de conversa e, em sua fala, ressaltou que o momento foi um espaço de construção de pontes entre a comunidade negra e os órgãos públicos. A representante da comunidade afirmou ainda que as instituições precisam conhecer os territórios quilombolas para verificar as demandas e trabalhar em conjunto.

A roda de conversa contou ainda com a participação do delegado da Delegacia de Atendimento a Vulneráveis, Ricardo Francisco Real de Castro, e da advogada Edilma Barros da Silva.

(Erlene Miranda – Ascom MPTO)





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