Tabata Amaral critica polarização de debate e diz que faltam vagas para tratar dependentes químicos na Cracolândia


Em entrevista ao Morning Show, da Jovem Pan News, a deputada federal classificou como complexas as discussões sobre internação compulsória e defendeu maior ação do governo no local

Reprodução/Jovem Pan NewsTabata Amaral
Deputada também defendeu que autoridades tem que discutir soluções que não envolvam apenas a segurança pública, mas também temas como moradia e saúde

A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) criticou a polarização sobre o debate envolvendo a Cracolândia, região do centro de São Paulo, e afirmou que o poder público precisa ofertar mais vagas para o tratamento de dependentes químicos. As afirmações foram feitas pela deputada durante sua participação no programa Morning Show, da Jovem Pan News, desta quarta-feira, 26. Ao longo de sua participação, Tabata afirmou que esquerda e direita só encaram parte do problema por trás da Cracolândia e que, para resolver a situação, seria necessário falar de temas que vão além da segurança, como assistência moradia e saúde. “Você vê uma parcela da direita que só encara os traficantes que estão lá. Isso é concreto. Tem traficantes lá. O que tem hoje de centro de prostituição infantil e de gente aliciando crianças para colocar silicone industrial… cadê a polícia? Cadê o governo contra essas pessoas? De fato, tem um problema de segurança… mas qual é a crítica? Essa parcela da direita não enxerga os doentes que querem se internar. Quando a gente fala de uma parcela da esquerda que enxerga essas pessoas que querem se internar, elas não olham para o aspecto de segurança. Porque é isso, falar de segurança, assistência moradia e saúde ao mesmo tempo dá mais trabalho. Mas são mil pessoas, a gente dá conta de separar uma coisa da outra”, disse a deputada.

A parlamentar também falou sobre as discussões acerca da internação compulsória, dizendo que se trata de um tema “extremamente complexo” e que o debate também está polarizado. “No debate da internação compulsória, que é um tema extremamente complexo no qual temos que ouvir a família, quando não tiver a família, entender o grau de consciência da pessoa e ouvir a opinião médica. Sabe o que me frustra? Todo mundo já escolheu seu lado. Tem mais de 40% dos usuário que estão lá que querem tratamento e não conseguem”, afirmou Tabata, que informou que a capital tem apenas 39 vagas para tratamento contínuo de dependentes químicos. Por fim, a deputada defendeu a combinação de ações que tratem da segurança do local e da saúde dos dependentes. “”Será que você não consegue combinar as duas coisas? Vai lá contra o traficante e o cara que alicia menores, mas ao mesmo tempo você oferece possibilidade de internação para quem quer. A gente fala de aproximadamente mil pessoas na cena do uso de droga”, finalizou.





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