TJTO aleta população sobre golpe que simula decisões judiciais e cobra taxas indevidas
O Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO) alerta a população sobre tentativas de golpe praticadas por criminosos que utilizam, de forma indevida, o nome do Judiciário tocantinense para enganar cidadãos. A fraude tem se tornado cada vez mais sofisticada, ao explorar informações reais de processos judiciais em andamento, o que aumenta o risco de vítimas serem induzidas ao erro.
De acordo com o delegado de polícia José Carlos Garcia, responsável pelo Núcleo de Inteligência Institucional (NIS) do TJTO, os golpistas monitoram dados públicos disponíveis nos sistemas judiciais e passam a se comunicar com as partes envolvidas nos processos, passando-se por servidores(as) do Judiciário ou por advogados(as) legalmente constituídos(as).
Como os criminosos agem
A prática criminosa geralmente tem início com a coleta de informações reais, como nome da parte, número do processo, valores envolvidos e até o nome de advogados(as) verdadeiros(as). Em posse desses dados, os golpistas entram em contato com as vítimas por meio de WhatsApp, SMS, telefone ou e-mail, utilizando perfis falsos que reproduzem fotos, nomes e, em alguns casos, até números reais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Durante o contato, os criminosos informam uma suposta “vitória na causa” e afirmam que valores estariam prestes a ser liberados. Para dar andamento ao falso procedimento, exigem o pagamento antecipado de taxas, custas ou encargos inexistentes, geralmente por meio de PIX, boleto bancário ou transferência, sempre acompanhados de um discurso de urgência.
Golpes cada vez mais sofisticados
Os golpes virtuais cresceram significativamente nos últimos anos e já atingem milhares de pessoas em todo o País. Atualmente, os criminosos utilizam ferramentas tecnológicas capazes de clonar números de escritórios de advocacia, telefones celulares e até mesmo a voz de advogados(as), o que torna a fraude ainda mais convincente.
Segundo o NIS-TJTO, a prática desse tipo de golpe é acompanhada há vários anos e o Núcleo já desenvolveu ações educativas e mantém articulação contínua com a Polícia Judiciária, com foco na identificação e responsabilização dos infratores.
O uso de informações verdadeiras do processo confere aparência de legitimidade às mensagens e aumenta a confiança da vítima, levando muitas pessoas a acreditarem que se trata de uma comunicação oficial, quando, na realidade, é uma fraude.
Atenção e prevenção
O TJTO reforça que o Poder Judiciário não realiza cobrança de taxas para liberação de valores devidos às partes em processos judiciais e não solicita pagamentos por meio de mensagens, ligações ou aplicativos de conversa.
O delegado José Carlos orienta à população a desconfiar de qualquer contato inesperado que envolva cobrança de valores ou promessa de liberação imediata de recursos, sobretudo quando houver alegação de urgência no pagamento.
Em caso de dúvida, a recomendação é entrar em contato diretamente com o(a) advogado(a) responsável pelo processo, utilizando exclusivamente os canais oficiais, ou buscar esclarecimentos junto à unidade do Poder Judiciário onde o processo tramita.
Dúvidas e informações pelo telefone: (63) 3142-2034 e WhatsApp: (63) 99215-1514.



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