“Transformar realidades e devolver esperança”, destaca presidente do TJTO ao abrir o 2º Mutirão Pop Rua Jud, nesta sexta (12/9)
Com ações de justiça, cidadania e compromisso social, o Poder Judiciário do Tocantins e parceiros deram início, na manhã desta sexta-feira (12/9), ao 2º Mutirão Pop Rua Jud, realizado na Escola de Tempo Integral Almirante Tamandaré, em Palmas. O evento mobiliza mais de 30 instituições e 522 voluntários para oferecer serviços gratuitos de saúde, documentação, assistência social, acesso à Justiça, bem-estar, cultura e acolhimento à população em situação de rua e vulnerabilidade extrema.
A cerimônia de abertura reuniu autoridades e representantes de diferentes esferas de poder, além de dezenas de voluntários que, unidos em um mesmo propósito, reafirmaram o compromisso de transformar vidas por meio da efetivação de direitos.
Ao abrir o evento, a presidente do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO), desembargadora Maysa Vendramini Rosal, destacou o simbolismo da ação. “Quando a Justiça chega até quem está nas ruas, ela cumpre o seu papel mais nobre: o de transformar realidades e devolver esperança”, afirmou.
Na ocasião, a presidente agradeceu aos coordenadores do Comitê Pop Rua Jud e a todos os voluntários e instituições parceiras pelo empenho na realização do mutirão. “Este evento vai além da prestação de serviços: é um espaço de dignidade, cuidado e amor ao próximo. Representa um Judiciário que se aproxima da sociedade, oferecendo esperança, acolhimento e a chance de recomeçar”, reforçou.
Pacto pela dignidade
Presidente do Comitê Regional Pop Rua Jud, a desembargadora Ângela Prudente destacou o caráter contínuo e transformador da iniciativa. “Este 2º Mutirão é a prova de que não paramos na primeira vitória: avançamos! Avançamos com mais experiência, mais parcerias, mais estrutura, e, principalmente, com mais consciência da urgência do nosso papel”, ressaltou.
Ela lembrou que o mutirão não é um ato de caridade, mas de justiça social. “O atendimento à população em situação de rua não é favor, é dever do Estado e direito da pessoa. O que estamos fazendo aqui é garantir cidadania na prática, reafirmando que ninguém está fora da proteção da Constituição Federal”.
Rede nacional de inclusão
Representando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o juiz do Tribunal de Justiça do Amapá, Marconi Marinho Pimenta, reforçou o caráter nacional da política e a importância da Resolução CNJ nº 425/2021, que instituiu a Política Judiciária Nacional para a População em Situação de Rua.
“Hoje, vemos aqui um Tribunal fraterno, que honra seus jurisdicionados mais simples. Não estamos falando de assistencialismo, mas de emancipação, de dignidade, de direitos humanos garantidos”, declarou.
Parceria institucional
Presente ao evento, o governador em exercício, Laurez Moreira, ressaltou o papel do Estado na construção de políticas públicas inclusivas. “Nosso dever é cuidar de quem mais precisa, estendendo a mão para aqueles que enfrentam as maiores dificuldades”, afirmou, ressaltando que a parceria com o Judiciário nessa ação fortalece o Tocantins em prol da dignidade e da cidadania.
Já o prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos, destacou os projetos sociais da Prefeitura da Capital e a integração entre as instituições. “Nunca os poderes estiveram tão próximos quanto neste momento”, disse, reforçando que a união é fundamental para atender aqueles que necessitam.
Ao final da solenidade, as autoridades presentes visitaram as salas onde estão sendo realizados os atendimentos.
Cultura e cidadania
O evento ainda teve apresentações artísticas, como números de malabares e o rap de MC Gustavo Cunha, representante do movimento hip hop, que leva às ruas a potência da cultura periférica como resistência e inclusão social.
Mutirão
O 2º Mutirão Pop Rua Jud segue até às 18 horas desta sexta-feira (12/9) e será encerrado com o Casamento Comunitário, reafirmando o caráter afetivo e transformador da iniciativa.
Ao todo, 522 voluntários e mais de 30 parceiros institucionais estão mobilizados durante todo o dia oferecendo serviços em nove áreas essenciais, incluindo saúde, assistência, educação em direitos, documentação, veterinária e cultura.
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