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Três pessoas morrem e 12 estão desaparecidas após ciclone atingir o Sul do país


Fenômeno também causou inundações e deslizamentos; autoridades suspendem aulas

Reprodução/Twitter/@igormuller
Rua em Porto Alegre alagada após passagem de ciclone

A passagem de um ciclone extratropical pelo Sul do país está provocando grandes chuvas, deslizamentos e dificultando a vida da população da região. Os Estados mais atingidos pelo fenômeno são Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), confirmou a morte de três pessoas, duas na cidade de São Leopoldo e uma em Maquiné. Além disso, 12 pessoas estão desaparecidas, oito em Caará, duas em Três Forquilhas e duas em Maquiné. Nesta quinta-feira, 15, as chuvas ficaram concentradas na Grande Porto Alegre, no litoral norte e na serra gaúcha, além da serra e litoral sul catarinense.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um aviso de chuvas intensas para a região, com grau de severidade de perigo. A previsão é de chuvas entre 50mm e 100 mm por dia e ventos de até 100 km/h. Além disso, o órgão alerta para risco de corte de energia, queda de galhos, alagamentos e descargas elétricas. Cerca de 29+2 mil habitantes  que estão sob a  área de concessão da Companhia Estadual de Geração de Energia Elétrica (CEEE), sendo a região metropolitana a mais prejudicada, com 200 mil pessoas sem energia elétrica, e o Litoral Norte do Estado, com 75 mil.

Segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), a possibilidade de ocorrência de inundações é alta, com a chuva podendo ultrapassar os 100mm em algumas regiões citadas. O Cemaden classifica como moderada as chances de acontecerem inundações e alagamentos urbanos. Os municípios que registraram os maiores volumes de chuva foram Maquiné (RS), com 254,6 mm; Bom Princípio (RS), com 208,6 mm; São Leopoldo (RS), com 195,4 mm; Gravataí (RS), com 189,6 mm; e Alto Feliz (RS), com 183,8 mm.

Os volumes de chuva registrados provocaram estragos em diversas regiões. Além do alagamento de ruas e de deslizamentos, algumas cidades tiveram o fornecimento de energia elétrica e água comprometidos por causa das chuvas. Na capital de Santa Catarina, Florianópolis, o muro de uma casa deslizou e fez com que a residência fosse interditada. No Rio Grande do Sul, há relatos de cidades e bairros da capital Porto Alegre sem energia elétrica. Quedas de árvores e deslizamentos de terra também afetam as rodovias do Estado. O prefeito da cidade de Maquiné (RS), João Marcos Bassani, usou as redes sociais para pedir que a população do município deixe suas casas. “Eu vou pedir a todos assim, ó, saiam das suas casas! Está enchendo! Não passa mais. No centro de Maquiné, a gente não está conseguindo sair de caminhão, não conseguimos chegar. O centro da cidade está tomado de água. O centro da cidade nunca esteve assim, pelo menos na história recente. A previsão se confirmou”, disse. “Tem que sair, aaiam das suas casas! Bem materiais, a gente recupera. Saiam! Vamos agora pensar nas vidas”, continuou o mandatário local. No município de Ivoti, o prefeito Martin Kalkmann, decretou na manhã desta sexta-feira, 16, estado de emergência por conta do grande volume de chuva e autorizou a mobilização municipais para atuarem de acordo com a direção da Coiordenadoria de Defesa Civil, nas ação de facilitação de assistência à população mais vulnerável.

Por questão de segurança, 21 cidades cancelaram as aulas nesta secta-feira, 16. Os municípios de Alvorada, Brochier, Cachoeirinha, Canoas, Capão da Canoa, Cidreira, Dom Pedro de Alcântara, Gravataí, Lindolfo Collor, Maquiné, Maratá, Novo Hamburgo, Osório, São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Terra de Areia, Torres, Tramandaí, Três Cachoeiras, Viamão e Xangri-Lá. No fim da noite desta quinta-feira, 15, o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL) deu detalhes sobre as ações de prevenção e a retirada da população de áreas de risco. Segundo ele, há registros de alagamentos em diversas cidades catarinenses, assim como deslizamentos. As aulas na região do extremo sul catarinense oram suspensas.

“Pedimos que as pessoas acompanhem as informações e evitem sair de casa. Se morarem perto de rios ou córregos, devem ficar atentos à elevação do nível da água”, disse o chefe do Executivo. Já o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), informou que a Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros e a Brigada Militar já estão mobilizados para atender aos atingidos pelas chuvas e disse que está acompanhando a situação.





FONTE

Tribuna do Tocantins

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