CFM proíbe prescrição de anabolizantes para fins estéticos e melhora de desempenho esportivo


Na resolução, o Conselho Federal de Medicina afirma que as redes sociais facilitam a difusão de ‘terapias não comprovadas e potencialmente danosas’ e diz que os médicos não devem prescrever substâncias não aceitas pela comunidade científica

Drazen Zigic/FreepikAnabolizante
Conselho alertou para riscos envolvendo o uso de ‘doses inadequadas de hormônios’

O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou uma resolução que proíbe a prescrição de esteroides androgênicos e anabolizantes para fins estéticos, ganho de massa muscular e melhora do desempenho esportivo. A determinação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta terça-feira, 11. Na decisão, o CFM diz que os médicos não devem prescrever medicamentos que não tiveram a indicação aceita pela comunidade científica e salienta que as redes sociais facilitam a proliferação de “terapias não comprovadas e potencialmente danosas”. Além disso, o CFM alerta para “os riscos potenciais de doses inadequadas de hormônios, e que mesmo as doses terapêuticas podem desencadear efeitos colaterais danosos, principalmente nos casos em que a deficiência hormonal não foi diagnosticada apropriadamente conforme as diretrizes e recomendações em vigor”. A resolução entra em vigor já nesta terça. Com a mudança, ficam vedados os seguintes procedimentos:

  • utilização de qualquer formulação de testosterona em pacientes sem o diagnóstico de deficiência do hormônio, exceto em situações previstas por outras normas;
  • utilização de formulações de esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos com a finalidade estética;
  • utilização de formulações de esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos com a finalidade de melhora do desempenho esportivo, para atletas amadores e profissionais;
  • prescrição de hormônios divulgados como “bioidênticos”, em formulação “nano” ou nomenclaturas de cunho comercial e sem a devida comprovação científica de superioridade clínica;
  • prescrição de Moduladores Seletivos do Receptor Androgênico (SARMS), para qualquer indicação, por serem produtos com a comercialização e divulgação suspensa no Brasil;
  • realização de cursos, eventos e publicidade com o objetivo de estimular e fazer apologia a possíveis benefícios de terapias androgênicas com finalidades estéticas, de ganho de massa muscular ou de melhora de performance esportiva.





FONTE

Comentários estão fechados.

Quer acompanhar
todas as notícias
em primeira mão?

Entre em um de nossos
grupos de WhatsApp