Prefeito de Palmas é alvo de investigação sobre vazamento de informações
O prefeito de Palmas (TO), Eduardo Siqueira Campos (Podemos), foi alvo da Polícia Federal, nesta sexta-feira (30), que cumpriu mandados de busca e apreensão na casa dele, no gabinete e uma unidade prisional da capital tocantinense.
A CNN apurou que a PF chegou a pedir a prisão e o afastamento do cargo. Mas os pedidos foram negados pelo ministro Cristiano Zanin, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF). Siqueira Campos teve o passaporte apreendido e está proibido de ter contato com outros investigados.
A Operação Sisamnes, que está em sua nona fase, investiga crimes de obstrução de justiça, violação do sigilo funcional, corrupção ativa e passiva.
A investigação aponta que o prefeito teria supostamente vazado informações sobre investigações e operações do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O advogado Michelangelo Cervi Corsetti, de Brasília, que trabalha para Siqueira Campos, também foi alvo de mandado.
Além desta suspeita sobre o vazamento de informações sigilosas, esta fase da operação no Tocantins também apura se o advogado Thiago Marcos Barbosa, preso em março de 2025, recebeu “privilégios ilegais” dentro da prisão.
Thiago é sobrinho do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos). Ele foi preso suspeito de vazar informações sobre operações judiciais, inclusive para o tio – que não é investigado na operação.
A PF pediu ao ministro Zanin para realizar buscas no STJ. Mas o pedido foi negado.
O prefeito de Palmas usou as redes sociais para rebater e dizer que não é investigado na operação. Apesar disso, confirmou que policiais estiveram na casa dele pela manhã e “levaram” o celular dele e da esposa.
“Nenhum problema com a prefeitura, nenhum problema comigo, não sou objeto de nenhuma investigação. Vazamento? Não houve. Não tenho informações privilegiadas”, escreveu Siqueira Campos.
A CNN tenta contato com a defesa dos demais citados.
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